sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Porto de Antuérpia, na Bélgica, quer ser exemplo para o Brasil



Porto de Antuérpia (Foto: Reprodução)
Enquanto o Brasil prepara um pacote de concessões para portos, surgem candidatos a prestar consultorias e a propor parcerias para melhorar a gestão e ampliar a capacidade dos terminais.
Esse é o caso do porto da Antuérpia, situado na Bélgica, que foi visitado no final de agosto por uma missão liderada pela ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil).
Para o presidente do porto, Eddy Bruyninckx, o modelo adotado na Antuérpia pode servir de exemplo para o Brasil.
Além da movimentação de cargas, ele oferece prestação de serviços e reúne um grupo de empresas do setor petroquímico -o segundo maior do mundo, atrás apenas de Houston (EUA).
Crescimento
A expansão internacional faz parte dos planos do porto europeu. Em maio deste ano, sua subsidiária Porto de Antuérpia Internacional comprou 4% da Essar Ports, um dos maiores grupos privados do setor na Índia.
O acordo entre as empresas prevê consultorias para aumento de produtividade e melhorias nas áreas tributária e de processos.
Segundo Bruyninckx, essa parceria pode ser replicada no Brasil, que ao lado da Índia é o foco do porto da Antuérpia fora da Europa.
“Queremos dividir com o Brasil a experiência e o ‘know how’ desenvolvidos pela autoridade portuária e pela comunidade do porto”, afirma o presidente.
O porto da Antuérpia é 100% controlado pela cidade de mesmo nome. Mas Bruyninckx, que está há 20 anos à frente do porto, diz que o modelo de concessões é bem-sucedido.
O setor privado, diz ele, pode viabilizar os altos investimentos, mas as decisões estratégicas devem continuar nas mãos do governo.
Fonte: Folha de S.Paulo

CE: Segunda etapa da Linha Sul do metrô é inaugurado em Fortaleza


Trecho abrange estações de Couto Fernandes, Porangabuçu e Benfica. Testes nesse trecho serão feitos de setembro até o início de 2013.
Foto: Reprodução
O segundo trecho da linha Sul do Metrô de Fortaleza será inaugurado na manhã desta sexta-feira (28) na Estação Parangaba. Com a inauguração desse trecho, os Trens Unidades Elétricas (TUEs) irão iniciar a operação assistida, que consiste em testes operacionais com passageiros. O novo trecho abrange as estações de Couto Fernandes, Porangabuçu e Benfica.
Os testes nesse trecho serão feitos de setembro até o primeiro trimestre de 2013. Durante esse período, o metrô irá transportar passageiros entre as estações Carlito Benevides, em Pacatuba, e Benfica, em Fortaleza, gratuitamente. Ao longo do trecho, 15 estações em três municípios serão atendidas pelo metrô: Fortaleza, Pacatuba e Maracanaú.
Com a inauguração, a linha chega aos 20 km, os quais serão percorridos em 33 minutos. A operação assistida será realizada, de segunda a sexta, no intervalo de 8 as 12 horas. A cada 20 minutos haverá uma viagem de teste e será possível transportar entre 445 e 890 pessoas.
Primeira etapa
A primeira etapa do Metrô, que liga os trechos da Pacatuba ao bairro da Parangaba, inaugurada em junho deste ano, trabalha de segunda a sexta-feira com um percurso de 15 km, passando por 12 estações. Agora, estão sendo realizadas 26 viagens diárias. O projeto completo prevê mais oito estações e totalizará 24 km de extensão.
Já foram investidos R$ 1,7 bilhão. O Metrofor estima que 350 mil passageiros deverão ser transportados, diariamente, por meio da linha do sul do metrô de Fortaleza, que terá viagens regulares somente em 2013.
Estrutura
O Metrofor já recebeu dez trens de um total de 25 que o Governo do Estado adquiriu para atender cerca de 350 mil pessoas por dia. Os trens possuem 40 metros de comprimento, divididos em três carros de passageiros, os quais juntos chegam a capacidade de 445 passageiros, sendo 48 sentados.
Os trens podem ser conectados para ficarem com seis carros, dobrando a capacidade de transporte. Os veículos são fabricados em alumínio. A velocidade máxima operacional do trem será de 80 quilômetros por hora.
Fonte: G1

EPL quer reduzir prazo entre anúncio e execução de obras


Foto: Luis Ushirobira/Valor
O presidente da recém-criada Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, afirmou nesta sexta-feira que uma das metas desse novo órgão do governo é diminuir o prazo entre o anúncio dos projetos e o início da execução das obras. “Queremos inverter a lógica de ação de governo, que gera distância entre o momento da decisão e o da ação”, diz.
Segundo Figueiredo, esse “gap” chega hoje a dois anos. “Esse tempo de fazer projetos, licenciar e começar a obra cria frustração na população”, considerou durante mesa redonda realiada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre infraestrutura de transportes.
Um dos objetivos da EPL será que os próximos programas de obras sejam anunciados com projetos já elaborados. A decisão de acelerar o começo das obras já será visível, segundo Figueiredo, no programa de concessões de rodovias e ferrovias, lançado em agosto, que deve ter todas as obras contratadas até o segundo semestre do ano que vem.
Além disso, ele lembra que o programa de portos que o governo se prepara para lançar nas próximas semanas deve ter cronograma e investimentos “agressivos”.
Os investimentos, de acordo com o presidente da EPL, aumentaram substancialmente após o lançamento do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC).
“Em 2003, todo o orçamento do Ministério dos Transportes chegava a R$ 2,5 bilhões; hoje, só o PAC tem recursos de R$ 20 bilhões”, compara. Para ele, o PAC deu passo importante já que garante recursos para obras do começo até o fim. Ele destacou ainda a transparência do programa.
“Criou-se o hábito de prestar contas de quatro em quatro meses, o que ajuda a acompanhar a execução das obras. Queremos universalizar o acesso à informação, ajudar a dar eficiência a esses programas”, diz.
Segundo Figueiredo, no modelo de concessão de ferrovias à iniciativa privada anunciado pelo governo em agosto, o poder público garante a demanda prevista para o trecho ao consórcio ou empresa que vencer a concessão. O presidente da EPL disse que esse foi o meio encontrado para fazer com que o novo modelo gere ganhos de produtividade que cheguem aos usuários.
Figueiredo disse que “ao garantir a demanda, o governo cria um ambiente mais competitivo para a disputa da concessão e aumenta a produtividade da operação”.
A ideia de assumir o risco teve dois propósitos. O primeiro foi fazer com que essa conta – a da demanda – ficasse de fora do cálculo do custo da operadora que se dispor a entrar no setor. O segundo foi a criação de uma racionalização do preço através do estímulo da competição.
“Quando se cria um ambiente mais favorável, em que não há monopólio, estimula-se que o investimento feito no processo chegue na ponta, que são os consumidores. Quando só há uma empresa operando, ou no mercado como um todo, o ganho de produtividade é apropriado e esse ciclo é interrompido. Estamos criando as condições para baixar o custo da ferrovia”, afirmou.
Parceria privada
O presidente da EPL defendeu a criação de um modelo de investimento para acelerar a construção de eclusas, permitindo que rios com hidrelétricas tornem-se navegáveis. “Pode haver parceria público-privada (PPP) para criar condições de construir eclusas. Não podemos inibir o crescimento energético, mas temos que viabilizar o transporte aquaviário”, defendeu.
Matéria publicada pelo Valor em maio com dados da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) mostrava que o Ministério dos Transportes havia identificado a necessidade de construção de 46 eclusas nos rios brasileiros e estabeleceu como prioridade a construção de 27 delas. O custo total foi estimado em R$ 11,6 bilhões, média de R$ 500 milhões por eclusa.
Já no setor ferroviário, Figueiredo lembrou que a Valec vai deixar de ser o “Dnit ferroviário” para ser facilitadora do modelo de venda de capacidade, que será implantado pelo plano de concessões do governo federal. Nesse modelo, o governo vai cobrir por 30 anos, integralmente, as despesas com a construção e a manutenção de 10 mil quilômetros de ferrovias, estimadas em R$ 91 bilhões, e ficará com o direito de revender a capacidade de transporte das vias. Com isso, mais de uma operadora poderá utilizar o mesmo trecho.
Fonte: Valor, Por Guilherme Soares Dias e Rodrigo Pedroso

Metroviários de SP ameaçam greve


Foto: Reprodução
Os metroviários de São Paulo decidiram ontem, em assembleia, entrar em greve na próxima quinta-feira, dia 4, depois que não chegaram a um acordo com a direção do Metrô sobre o prazo e formas de pagamento da participação sobre os resultados (PR) da categoria.
Além de adiar o pagamento de fevereiro para abril de 2013, a empresa oferece pagamento proporcional ao salário recebido pelo funcionário.
O sindicato reivindica que todos os 9 mil metroviários recebam parcela idêntica, em torno de R$ 5 mil. Nova assembleia foi marcada para a próxima quarta-feira.
Fonte: Valor Econômico

PAC Mobilidade Grandes Cidades destina 64% dos recursos para transporte sobre trilhos


Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – A solução para os problemas de mobilidade nas grandes cidades está na substituição do transporte individual para o coletivo, disse hoje (28), o secretário executivo do Ministério das Cidades, Alexandre Cordeiro Macedo, no encontro Infraestrutura de Transportes, Logística e Mobilidade Urbana no Brasil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Dados do Ministério das Cidades indicam que está prevista a aplicação de R$ 22 bilhões por meio do PAC Mobilidade Grandes Cidade, dos quais 64% estão destinados a transportes sobre trilhos. O projeto, a ser desenvolvido em 15 cidades, envolve 213 quilômetros de extensão, com a meta de atender mais de 53 milhões de pessoas.
Macedo apontou que, entre as melhorias na elevação da qualidade de vida da população garantidas pelo transporte coletivo, estão reduções de emissões de monóxido de carbono, acidentes, gastos e tempo de locomoção. “Não basta fomentar o uso de bicicletas, é preciso investir em transporte público de qualidade”, defendeu.
O dirigente defendeu o desenvolvimento do PAC Mobilidade Grandes Cidades, observando que a iniciativa provocará maior interação entre pessoas de classes sociais diferentes que estão viajando em um mesmo veículo de transporte coletivo, quer em trem ou em ônibus. Para o secretário, o Brasil “deveria adotar as boas práticas do mundo”.
No mesmo evento, o secretário de Política Nacional de Transportes do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato, informou que, nos próximos 10 anos, deverão ser investidos em torno de R$ 300 bilhões no Programa Nacional de Logística em Transportes (PNLT), que já consumiu R$ 130 bilhões de um montante total de R$ 430 bilhões.
Edição: Davi Oliveira

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Concessão de portos e aeroportos será lançada nos próximos dias


A expectativa é que o pacote seja lançado no mês de outubro, segundo o presidente da EPL, Bernardo Figueiredo. Valor estimado para esses investimentos pode chegar a R$ 40 bilhões.
Foto: Ana Serra / Agência T1
Foto: Ana Serra / Agência T1
O pacote de concessões para portos e aeroportos será lançado nos próximos dias, segundo o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. Sem querer definir uma data especifica, Figueiredo explicou que o modelo dos portos ainda não foi definido por se tratar de uma situação “distinta e complexa”. “Estamos fechando propostas em conversas com a iniciativa privada.”
O pacote de concessão dos portos, disse ele, na 31° edição do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex) irá focar na readequação das ferrovias com os portos que já existem. “Não adianta fazer uma duplicação de uma rodovia ou construir um novo trecho ferroviário, se quando o produto chega em algum porto ele fica dias parado, como é o caso do estado da Bahia, no Porto de Ilhéus. Essa é uma situação que onera a cadeia logística.” A expectativa de investimentos na concessão dos portos pode chegar a R$ 40 bilhões.
Segundo o presidente da EPL, os portos e aeroportos brasileiros terão capacidade de transportar cargas e passageiros sem passar por um colapso, até 2030, com as Parcerias Público-Privadas (PPP’s) e na execução dos projetos elaborados pela Secretaria de Portos (SEP).
Um estudo divulgado pelo Instituto de Logística e Supply ChainIlos (ILOS), “Portos 2021 – Avaliação de Demanda e Capacidade do Segmento Portuário de Contêineres no Brasil”, informou que se todos os projetos, elaborados pela SEP forem executados os portos terão capacidade suficiente para atender a demanda dos próximos nove anos.
Ele disse ainda que a Secretaria de Portos (SEP) já mapeou os pontos críticos de todos os portos e terminais brasileiros, com destaque para os mais estratégicos – Antonina (PR), Paranaguá (PR), Rio Grande do Sul (RS), Santos (SP), Itaguaí (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Pecém (CE), Suape (PE), Itaqui (MA), Belém (PA), e em lugares como o Porto de Manaus (AM), em que há filas de navios no embarque e desembarque de contêineres.
“O pacote que será lançado trará benefícios à economia, quando os produtos chegarem no mercado mais baratos para os consumidores”. “Eu preciso de operadores portuários competitivos”, disse.
EPL
De acordo com Figueiredo, a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), recém-criada para estudar e gerenciar a logística brasileira, não está na discussão do pacote de concessões para aeroportos, que ficou por conta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Secretaria de Aviação Civil (SAC).
Agência T1, Por Bruna Yunes

Linha 4 do Metrô na Zona Sul do Rio é entregue na Alemanha

Do Correio do Brasil

 Concessionária Rio Barra, responsável pelas obras da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca – Ipanema), receberam nesta quinta-feira, o Tunnel Boring Machine (TBM), ‘Tatuzão’. O equipamento vai perfurar os túneis subterrâneos da Linha 4 do Metrô de Ipanema à Gávea sem passar por baixo de edifícios. Também não haverá bate-estaca, explosões e aberturas de valas na superfície ao longo das ruas.
A entrega oficial do equipamento aconteceu na fábrica Herrenknecht, Tunnelling Systems, localizada em Schwanau, na Alemanha, com a presença do secretário de Estado da Casa Civil, Regis Fichtner, e representantes da RioTrilhos e da Concessionária Rio Barra.
- Este é um importante momento para o Rio de Janeiro porque damos um salto nesse grandioso projeto para a cidade, que é a Linha 4 do Metrô. Essa máquina foi construída com uma tecnologia muito avançada capaz de perfurar dois tipos diferentes de solo: rocha e areia. Graças ao equipamento será possível escavar todos os túneis do metrô na Zona Sul sem abrir buracos ao longo das ruas. Eles serão construídos por baixo das vias sem impacto na superfície – afirmou Regis Fichtner.
A chegada do ‘Tatuzão’ ao Brasil está prevista para o início de 2013. O equipamento será montado de março a agosto de 2013, quando deverá entrar em operação, partindo da Estação General Osório em direção à Gávea.
Com 2 mil toneladas e 120 metros de comprimento por 11,5 metros de diâmetro (o equivalente a um prédio de quatro andares), o ‘Tatuzão’ escava de 15 a 18 metros de túnel por dia, quatro vezes mais rápido que os métodos utilizados anteriormente no Rio de Janeiro. Inédito no Rio de Janeiro, trata-se do maior ‘Tatuzão’ da América Latina e o maior equipamento já utilizado em obras no Brasil. Ele será transportado de navio da Europa para o Rio de Janeiro em 20 contêineres e com outras 100 peças grandes soltas.
Ao mesmo tempo em que escava, o ‘Tatuzão’ instala imediatamente os anéis de concreto que formam o túnel. Esse é um método moderno, seguro e usado em todo o mundo. Graças a ele, nos 5,7 km de obras na Zona Sul, será necessário interditar apenas 500 metros de vias.
Mais de 200 profissionais brasileiros e alemães vão operar o ‘Tatuzão’ no Rio
A Linha 4 do Metrô terá 270 pessoas trabalhando exclusivamente para operar o TBM (‘Tatuzão’). Serão eletrotécnicos, mecânicos, operadores e encarregados, que se dividirão em três turnos. Três profissionais brasileiros estão sendo treinados na Alemanha, país onde a máquina foi construída e de onde virão outros 30 técnicos para trabalhar na operação e manutenção da máquina.
‘Tatuzão’ poderá ser usado na construção da linha Gávea-Centro
Durante o evento de entrega do TBM na Alemanha, o secretário Regis Fichtner informou que o Governo do Rio de Janeiro iniciou os estudos para fazer um termo de referência para a contratação de projeto de expansão do metrô que ligará a Gávea ao Centro, passando pelos bairros de Jardim Botânico, Humaitá e Laranjeiras. Projeto que poderá ser colocado em prática a partir de 2016.
- Queremos deixar esse projeto pronto e licitado para que, no futuro, quando terminar a obra da Linha 4, seja possível ao Governo do Estado utilizar o ‘Tatuzão’ nessa nova linha – disse Regis Fichtner.
Linha 4 do Metrô vai beneficiar mais de 300 mil pessoas por dia
A Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro (Barra da Tijuca – Ipanema) vai transportar, a partir de 2016, mais de 300 mil pessoas por dia e retirar das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. Com a nova linha, o passageiro poderá utilizar todo o sistema metroviário da cidade com uma única tarifa.
- O Governo do Estado está implantando a Linha 4 do Metrô porque é inquestionável a eficiência deste sistema de transporte e sua importância para o desenvolvimento do Rio de Janeiro. O metrô tem enorme capacidade de carregamento e traz efeitos benéficos para o trânsito e ao meio ambiente, retirando das ruas carros e ônibus. Trata-se da realização de um antigo sonho dos cariocas. A população do Rio de Janeiro será beneficiada pela obra, que vai integrar bairros e regiões da cidade com rapidez, comodidade e segurança – ressalta o secretário de Estado da Casa Civil, Regis Fichtner.
As obras foram iniciadas em junho de 2010 pela Barra da Tijuca e serão concluídas em dezembro de 2015, quando as seis estações (Nossa Senha da Paz, Jardim de Alah, Antero de Quental, Gávea, São Conrado e Jardim Oceânico) serão inauguradas. Já são mais de 3 mil metros de túneis escavados entre a Barra da Tijuca e Gávea. A nova linha, com aproximadamente 16 quilômetros de extensão, entra em operação no segundo semestre de 2016, após passar uma fase de testes.
Para garantir a eficiência do sistema e comodidade dos passageiros, serão comprados 17 trens para operar a Linha 4, com capacidade para transportar mais de 1 milhão de passageiros por dia, quando a demanda estimada para a Linha 4, em 2016, é de 300 mil usuários/dia. O intervalo entre as composições será de quatro minutos.
O metrô é o meio de transporte de massa mais ambientalmente correto porque retira veículos da rua, reduzindo a emissão de gás carbônico do ar que respiramos.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Como surgiram as ciclovias holandesas


A Holanda é sempre citada como exemplo de infraestrutura cicloviária e de uso da bicicleta. Boa parte da população se utiliza desse meio de transporte, a prioridade é dela até no planejamento das cidades e o carro é pouco utilizado.
Ora, mas o Brasil não é a Holanda. Aqui todos usam carro, não dá pra fazer nada sem ele. E lá sempre houve ciclovias. Certo? Errado.
Veja o vídeo abaixo, traduzido por Joni Hoppen, da Holland Alumni Network (obrigado, Joni!). Ele conta como a Holanda conseguiu chegar na rede cicloviária exemplar que possui hoje e mostra que o país já teve muitos carros circulando em suas ruas e quase nenhum espaço para as bicicletas.
E o que aconteceu por lá? Pressão popular! Se cobrarmos da maneira correta as soluções corretas, poderemos chegar lá.
Fonte: Vá de Bike, Por Willian Cruz

Montadoras terão de aumentar conteúdo nacional em carros


Foto: Paulo Whitaker/Reuters
Em 2017, as montadoras terão que produzir automóveis e veículos comerciais leves com 70% de peças produzidas no Brasil ou no Mercosul, em média, para ficarem isentas da alíquota adicional de 30 pontos percentuais de IPI (Imposto de Produtos Industrializados).
A determinação integra o conjunto de novas regras do regime automotivo, que podem ser anunciadas amanhã e têm duas metas principais.
A primeira é aumentar o uso de peças produzidas no Brasil, para fortalecer a cadeia de autopeças e componentes. A segunda é estimular a produção de carros que consumam e poluam menos e o investimento em pesquisa e inovação no país.
A avaliação é que o novo modelo, a vigorar entre 2013 e 2017, permitirá que carros nacionais disputem mercado no exterior. Hoje, eles não atendem às exigências dos países desenvolvidos.
Made in Brazil
As novas regras representam um aumento nominal pequeno em relação à porcentagem de conteúdo nacional, dos 65% vigentes para 70%.
Na prática, no entanto, a mudança será maior, porque o governo vai mudar a base de cálculo desse percentual. Pelo sistema atual, a conta é feita sobre o faturamento das empresas, podendo incluir até gastos com publicidade. Com isso, o índice de peças nacionais acabava reduzido para em torno de 25%.
Com o novo regime, o cálculo passa a ser feito de acordo com as peças e os produtos utilizados de fato na produção do automóvel. As novas regras vão fixar metas progressivas de conteúdo nacional (veja tabela).
Consumo
O governo determinará ainda que os carros brasileiros melhorem seu consumo médio de 14 km/l de gasolina para 15,9 km/l a partir de outubro de 2016, um esforço de redução de 12,1% em energia consumida por quilômetro.
Se produzirem carros que, em média, rodem 17,3 km por litro de gasolina em 2017, terão direito a um abatimento de dois pontos percentuais na alíquota básica de IPI. Essa alteração equivale a uma melhoria na eficiência energética de 18,84%.
Para reduzir as emissões de gás carbônico pelos carros nacionais, o governo acertou com as montadoras a meta obrigatória de redução de consumo a ser cumprida nos veículos que serão comercializados entre outubro de 2016 e setembro de 2017.
A meta de eficiência energética fixada para 2017, que deve ser desenvolvida no país até 2016, equivale à definida pela Europa para ser implantada em 2015.
Inovação
O governo vai estimular ainda o investimento em inovação tecnológica pelas montadoras. As que investirem 1% de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento terão direito a um abatimento de um ponto percentual na alíquota básica do IPI.
Hoje, por exemplo, a alíquota nos veículos a álcool e flex com motores entre 1.0 e 2.0 está reduzida de 11% para 5,5%. Nos modelos a gasolina com motores entre 1.0 a 2.0, de 13% para 6,5%.
Segundo o governo, as montadoras instaladas há mais tempo no país estão adaptadas às novas regras de conteúdo local. As mais atingidas serão as que começaram a se instalar no país nos últimos anos.
Imagem: Editoria de Arte/Folhapress
Fonte: Folha de São Paulo, Por Valdo Cruz

Entenda por que viajar de avião pela Europa é mais barato



Na Europa, ao contrário do Brasil, comprar bilhetes de última hora é um alternativa para economizar  Foto: Shutterstock
Na Europa, ao contrário do Brasil, comprar bilhetes de última hora é um alternativa para economizar
Foto: Shutterstock



Entenda por que viajar de avião pela Europa é mais barato

Na Europa, ao contrário do Brasil, comprar bilhetes de última hora é um alternativa para economizar. Foto: Shutterstock
Na Europa, ao contrário do Brasil, comprar bilhetes de última hora é um alternativa para economizar
Foto: Shutterstock


Cinco libras para sair de Londres com destino a Paris. Esse é o preço que se paga por uma passagem entre dois dos mais badalados destinos europeus. Ainda que sem as taxas de embarque, que variam entre 80 e 150 euros, viajar de avião dentro da Europa continua sendo mais barato do que sair do Brasil rumo a um vizinho da América do Sul - um bilhete de São Paulo para Santiago, no Chile, não sai por menos de R$ 1 mil.

A isenção de impostos é uma das principais razões dos baixos valores das passagens de avião na Europa. Segundo o gerente comercial da Europa Travel, Vitor Hugo Sutil, a tradição de não marcar assento também torna os preços mais em conta. Ainda assim, o viajante tem a opção de reservar poltrona. O serviço sai por 50 euros. "Sem marcação de assento, um passe aéreo fica por volta de 170 euros, contando a passagem e a taxa de embarque. Sai mais barato do que pegar o trem, além de ser mais rápido", diz. Um bilhete do trem Eurostar, que liga cidades europeias, sai por 180 euros de Paris a Londes.

Comprar passagem de última hora também vale a pena para quem está em solo europeu. As companhias costumam fazer promoções-relâmpago para lotar os voos. É quando se torna possível comprar uma passagem de Paris para Roma por 10 euros - quando o preço original é de 110 euros. "Com antecedência os preços já são baixos, mas, quanto mais perto do embarque, melhor", reforça Sutil.

Concorrência contribui para baixos valores
A coordenadora de produto da Agaxtur, Luísa Pires, também vê os baixos preços como uma questão cultural. "É normal ver clientes que, no momento do embarque, conseguem entrar no voo por 40 euros, porque as companhias querem preencher todos os lugares. Isso não existe no Brasil, onde o preço da passagem no balcão é quase o triplo do original, já que as companhias entendem que, se o turista tem necessidade de estar naquele voo, vai pagar o preço que for estipulado, ainda que seja alto", avalia.

Já Sutil atribui o alto valor das passagens entre países da América do Sul também à pouca concorrência. "Só temos duas companhias brasileiras que fazem esse tipo de voo, o que contribui para encarecer a passagem. Para um voo entre Paris é Roma, o turista tem três opções de companhia. A oferta é muito grande", diz.

O gerente comercial da Europa Travel ainda compara os preços europeus aos valores brasileiros. "Para Porto Seguro, para onde partem três voos diários (a partir de São Paulo), o valor é R$ 700. Para Salvador, que é um destino próximo, partem 15 voos por dia, e preço da passagem cai para R$ 300. É tudo uma questão de concorrência", diz. Na Europa, a existência do trem acentua a disputa. "Ainda que mais caro e um pouco mais lento, ele permite que o turista desça em estações no centro das cidades, evitando ainda ter que buscar transporte especial", afirma.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Obra no Tietê é 1º passo para o hidroanel


Governo deve abrir este ano licitação para eclusa na Penha, que vai permitir a navegação em mais 14 km do rio
Anel hidroviário de 170 km nos rios Pinheiros e Tietê e duas represas irá viabilizar o transporte de passageiros e cargas

Adriano Vizoni - 24.ago.2012/Folhapress
Vista da barragem da Penha, no rio Tietê
Vista da barragem da Penha, no rio Tietê
EDUARDO GERAQUE
EVANDRO SPINELLI
DE SÃO PAULO
O governo de SP pediu a licença ambiental prévia para iniciar as obras da eclusa da barragem da Penha, no rio Tietê (zona leste da capital), primeiro passo para viabilizar antigo projeto do Estado: o hidroanel metropolitano.
Eclusa é uma obra de engenharia hidráulica que possibilita navegar em locais onde há desnível no leito do rio -ela permite ao barco subir ou descer, conforme o caso.
A licença prévia foi pedida à Cetesb (agência ambiental paulista) e pode ser concedida dentro de um mês.
A eclusa tornaria navegável um trecho de 14 km do rio, até São Miguel Paulista, no extremo leste da cidade. Hoje, o Tietê tem 41 km navegáveis, entre a Penha e a cidade de Santana do Parnaíba.
O projeto do governo é construir um hidroanel de 170 km ao redor da capital, que incluiria os rios Tietê e Pinheiros e as represas Billings (zona sul e ABC) e Taiaçupeba (Suzano). Um canal artificial de 18 km precisará ser feito para ligar as duas represas.
Embora o projeto contemple o transporte de passageiros (principalmente nas represas), a prioridade é transportar lixo, entulhos, material de dragagem do rio, resíduos da construção civil e lodo retirado das estações de tratamento, além de produtos hortifrutigranjeiros.
"É viável a construção do hidroanel. O projeto, se realmente for feito, já se justifica só pelo transporte de material de dragagem e lodo", diz Alexandre Delijaicov, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.
Ele é um dos pesquisadores que ajudou a elaborar os projetos iniciais -a faculdade venceu uma licitação.
O horizonte para concluir o hidroanel é 2045. Mas há obras de curto prazo, que podem terminar em cinco anos.
A licitação da eclusa será aberta em breve, segundo Casemiro Tércio Carvalho, diretor do Departamento Hidroviário de SP. "Estamos terminando os orçamentos."
No total, a implantação do hidroanel deve custar algo em torno de R$ 4 bilhões.
Ao longo da hidrovia estão previstas a construção de 60 ecoportos (que recebem material já triado), 11 eclusas e 3 portos de destino. "São locais que vão promover a interligação do barco, do trem e do caminhão", diz Delijaicov.
A principal vantagem do hidroanel, dizem os técnicos, é retirar das ruas caminhões que transportam resíduos.
Em alguns casos, será possível usar os rios como uma espécie de piscinão. "É uma alternativa contra as enchentes, que poderá ficar mais barata", afirma Delijaicov.

LIXO DOMÉSTICO
O ponto negativo: como os barcos vão transportar também lixo doméstico, por exemplo, existe sempre risco de contaminação das águas.
Se o Tietê e o Pinheiros não vão sentir muita diferença, a parte limpa da Billings, onde existe inclusive a captação de água para consumo humano, pode sentir bastante qualquer tipo de incidente.

CONHEÇA O AUDACE: O NOVO ÔNIBUS DA MARCOPOLO.


 http://blogpontodeonibus.wordpress.com/

Audace Marcopolo
Marcopolo lança um novo modelo de ônibus, o Audace, que vai se posicionar entre o padrão rodoviário mais simples, o Ideale, e os mais sofisticados das linhas da geração sete. O principal mercado a ser atendido pelo Audace é o de fretamento, que deve se expandir nos próximos meses. Setor exige um veículo de mais categoria, porém com preço competitivo. Com o modelo, Marcopolo pretende corresponder a esta necessidade do mercado. Foto: Adamo Bazani.
Fretamento com categoria
Marcopolo lança um novo produto em sua família. O Audace vai atender a uma faixa de fretamento que exige veículos com padrões mais elevados e linhas regulares de curtas ou médiass distância
ADAMO BAZANI – CBN
O setor de fretamento não só tem perspectivas de crescer, principalmente com o aumento da renda e os eventos mundiais como Copa do Mudo e Olimpíadas no Brasil, mas vai se tornar cada vez mais exigente.
O mercado já quer ônibus que não sejam tão caros, mas que ofereçam conforto, design e sofisticação, mesmo nos menores deslocamentos.
E para atender a estas necessidades que inicialmente parecem ser opostas, sofisticação e bom preço, é que a Marcopolo apresentou o Audace para a imprensa especializada em sua planta Ana Rech, em Caxias do Sul. A reportagem do Blog Ponto de Ônibus / Canal do Ônibus esteve lá para conferir.
O ônibus fica entre o Ideale, modelo mais simples da marca para fretamento e linhas curtas, e a linha do Viaggio, veículo de categoria mais elevada, da família de ônibus rodoviários da Geração Sete – G 7.
Assim como todo o mercado, a Marcopolo aposta que o setor de fretamento, que registrou queda neste ano como reflexo do nível de atividade econômica reduzido, tem muito a expandir.
E isso antes mesmo dos eventos de grande magnitude, como explica o diretor comercial do mercado Brasil da Marcopolo, Paulo Corso.
“O fretamento é o segmento de ônibus que reflete mais instantaneamente o momento econômico. Quando a indústria e os serviço são afetados e começa a reduzir o nível de atividade e de emprego, o primeiro a sentir é o fretamento. As obras que vão se intensificar para preparar o Brasil para a Copa e para as Olimpíadas e também modernizar as cidades vão aumentar a necessidade de transportes de trabalhadores”. – disse Paulo Corso.
Ele ainda explica que o segmento de fretamento tem várias exigências, que agora com o novo modelo serão correspondidas pela empresa de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.
“Existe o serviço de fretamento contínuo para o qual o empresário vai cobrar um valor menor e oferece um serviço com ônibus bons porém mais simples. São deslocamentos pequenos para levar o trabalhador de casa para a empresa. Já no fretamento eventual, que conta com receptivos, passeios turísticos, deslocamentos de comitivas e executivos, excursões, etc, para ganhar mercado, o empresário deve oferecer um ônibus que tenha um visual mais refinado e características de conforto. O cliente paga a mais por este serviço e hoje os passageiros são mais exigentes. Se o empresário não corresponder a estas exigências, ele não continua competitivo.” – explicou Paulo Corso.
MARCOPOLO QUER AMPLIAR LIDERANÇA EM FRETAMENTO:
Audace Marcopolo
Audace mantém características da linha de ônibus atuais da Marcopolo, como da Geração Sete de Rodoviários, mas com itens exclusivos, como abertura de porta para dentro, conjunto óptico e grades em forma de colméia. Estrutura da carroceria é tubular seguindo o pa5drão internacional R 66. Foto: Divulgação: Marcopolo
E é justamente por conta destas faixas de mercado no fretamento que a Marcopolo vai manter a linha de seu modelo básico, Ideale 770.
“De forma alguma o Ideale vai sair de linha agora. O modelo já se tornou um campeão de vendas aqui no Brasil. Nós estamos colocando um produto a mais em nosso portifólio que é o Audace. Como é que estamos hoje neste segmento? Nós temos o Ideale, agora o Audace e já o Viaggio 900 em linha, além de outros produtos mais sofisticados que também podem ser usados em fretamento. A gente vai procurar manter a liderança neste segmento e inclusive agregar mais venda” – disse Paulo Coro.
Em 2012, por conta da queda no nível de atividade econômica global e das renovações de frota antecipadas no ano passado devido às mudanças de padrões de emissão de poluentes que deixaram os ônibus mais tecnológicos e mais caros, as vendas de ônibus de fretamento em todo o mercado não podem ser tomadas como parâmetro.
Mas em média, entre todas as marcas, o fretamento demanda de 2,8 mil a 3 mil ônibus novos por ano para o mercado interno.
Hoje a Marcopolo vende para o segmento cerca de 1,5 mil unidades por ano, o que já revela um crescimento, já que entre 2009 e 2010, esta faixa de mercado representava cerca de 600 ônibus anualmente pela empresa.
A estimativa da empresa é vender em 2012 de 200 a 300 unidades do Audace e em 2013, a empresa quer comercializar de 800 a mil unidades só deste modelo.
Com isso, vai ampliar sua faixa de liderança.
O Audace, prevê a Marcopolo, vai reinserir os produtos da companhia também no mercado de exportações.
O Ideale não tinha forte presença nas vendas internacionais. Para os embarques internacionais, a Marcopolo apostava no modelo Andare, considerado de projeto ultrapassado até mesmo pela empresa. Ele se assemelha à já aposentada linha de rodoviários da Geração Seis.
Atualmente, envolvendo todas as fabricantes de carrocerias brasileiras, são exportadas em média 1,5 mil unidades de fretamento. A Marcopolo responde por aproximadamente 400 unidades.
A empresa quer atingir diversos países com o Audace, mas os mercados mais cobiçados são Uruguai, Chile e México pelo potencial de compra.
O Audace foi desenvolvido para as condições operacionais brasileiras, mas o modelo, com suas versões, é global.
“O Audace é um produto global, ele vai ter aplicações em outros mercados. Para o Brasil, o desenvolvimento foi de um produto especificamente desenhado para nosso mercado. O Audace já vinha sendo elaborado há dois anos focado na realidade brasileira” – disse o gerente coorporativo de design da Marcopolo, Petras Amaral.
Se na categoria, o Audace fica entre os modelos Ideale 770 e Viaggio 900, com os preços não é diferente.
Só a carroceria do Ideale, sem o chassi, custa R$ 140 mil. A do Viaggio 900, o ônibus mais simples da linha G 7, sai por R$ 190 mil. Já a carroceria Audace deve ser oferecida com valor entre R$ 170 e R$ 180 mil.

SP: Reforma no Retão da Alemoa vai facilitar acesso ao Porto de Santos


Entre os serviços que devem ser executados está a troca do pavimento, de paralelepípedo para asfalto. Foto: A Tribuna/Reprodução
Em cerca de 15 dias, no começo do mês que vem, os graves problemas no trânsito da Avenida Augusto Barata, o Retão da Alemoa, devem começar a ser equacionados. Isto vai acontecer graças a uma reforma na via, no trecho que dá acesso aos terminais da Margem Direita do complexo santista. A obra será executada pela Brasil Terminal Portuário (BTP) e coordenada pela Codesp.
O prazo para o início dos trabalhos foi informado pelo presidente do terminal, Henry James Robinson. Segundo ele, o projeto, elaborado pela BTP, já foi concluído e aprovado pela Autoridade Portuária.
Entre os serviços que devem ser executados estão a troca do pavimento, que passará de paralelepípedo para asfalto, a implantação de toda a sinalização horizontal e vertical e o ordenamento do tráfego da via.
A ideia é que a estrutura viária seja capaz de receber o aumento de fluxo. Isso porque, os investimentos no trecho da Alemoa buscam minimizar os impactos da instalação da empresa, que vai aumentar em 30% a capacidade de movimentação de contêineres do Porto.
O objetivo é adequar o local, enquanto não são executadas as obras do Trecho 1 da Avenida Perimetral da Margem Direita, entre o Saboó e a Alemoa.
De acordo com Henry, estava prevista para semana passada a execução da proposta de operacionalização da obra.
Nesta fase, serão avaliadas as melhores formas de iniciar os trabalhos sem que a via, que tem tráfego intenso de caminhões, seja prejudicada. “Vamos ver como se desenvolve o projeto em via importante de tráfego e assim que se concordar em fazer, estamos prontos para iniciar a obra”, afirma.
A expectativa inicial era de que a reforma do Retão fosse concluída no começo do ano que vem, quando o terminal começará a operar contêineres naquela região. Porém, como serão necessários nove meses para a execução da obra, ela deve ser concluída apenas no começo do segundo semestre, em julho do ano que vem.
Por conta das operações, os técnicos da BTP avaliam a possibilidade de redução do tempo de desenvolvimento dos trabalhos. O plano é reduzir em dois meses o cronograma de obras e concluí-lo até maio de 2013.
Problema
O Retão da Alemoa é o principal acesso aos terminais da Margem Direita do Porto de Santos. Como as intervenções da Avenida Perimetral ainda não chegaram nesse trecho, o fluxo intenso de caminhões que circulam pelo local diariamente torna o trânsito pesado e causa frequentes congestionamentos na via.
O Trecho 1 da Perimetral engloba, entre outros serviços, a construção de dois viadutos sobre a linha férrea que atravessa a Avenida Augusto Barata. Como isso não ocorreu, o diretor-presidente da BTP acredita que será necessário adotar medidas emergenciais para preparar o trecho para a nova demanda do complexo.
“É um trecho crítico porque todo o volume do Porto passa por essa região. Por isso, estamos cooperando com a Codesp, investindo para que o escoamento das cargas aconteça da melhor maneira possível”, destaca.
Terminal
O empreendimento da BTP, que está sendo erguido na Alemoa, começará a operar no primeiro trimestre de 2013 e vai movimentar contêineres e granéis líquidos. A unidade está sendo construída para receber simultaneamente três navios contêineres de9.200TEUs.
Fonte: A Tribuna, Por Fernanda Balbino

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Ocupação do Solo e Mobilidade Urbana: uma questão de democracia


 Do http://blogpontodeonibus.wordpress.com/

ocupacao
A questão da ocupação do solo tem apresentado vários fatos incoerentes. Para ocuparem mais espaço nos seus deslocamentos, as pessoas estão morando cada vez mais apertadas. Vilas que eram formadas por casas térreas ocupadas por uma família, agora no mesmo terreno estão dando lugar a edificações que abrigam até 16 famílias. As cidades cedem cada vez mais área para carros e sobra cada vez menos para as pessoas. Os transportes públicos também são parte da solução para a questão da ocupação desordenada do espaço urbano. Uma pessoa que se desloca de transporte coletivo usa 50 vezes menos área da cidade do que se movimentasse de carro. Foto: Adamo Bazani
Espaço urbano: uma questão de democracia
O transporte individual faz o cidadão ocupar área 50 vezes maior na cidade em comparação a quem usa transporte coletivo ou se locomove a pé
ADAMO BAZANI – CBN
Sabe aquela frase: “A cidade não tem mais para onde crescer?” . Guardadas as devidas proporções, trata-se de uma realidade.
Hoje um dos grandes problemas de médios e grandes municípios que concentram áreas urbanas relevantes, é justamente a ocupação do solo.
Você já reparou que vários bairros tradicionais que eram formados por casas em terrenos de 10 m X 40 m ou mais, onde as famílias viviam perto uma das outras praticamente estão dando lugares a prédios, apartamentos cada vez menores ou sobrados?
Ter quintal em casa, algo que é bom até para a saúde, para relaxar e para fazer as atividades domésticas, é luxo em alguns bairros.
A população urbana dos anos de 1970 para cá cresceu de forma muito significativa. Foi quando o Brasil deixou de ser um país rural para se tornar predominantemente urbano quando o assunto é distribuição da população.
Além de a população ter crescido, as atividades econômicas se diversificaram. Normalmente os trabalhadores ficavam só em uma área industrial e a circulação fora dos chamados horários de pico era muito pequena. Hoje, apesar de o início da manhã e o fim da tarde concentrarem ainda um grande número de deslocamentos, durante todo o dia a movimentação é intensa. Em alguns lugares até na madrugada.
Toda essa situação reflete diretamente no trânsito das cidades.
Sem prioridade aos transportes públicos, o que se vê são bairros e regiões centrais sendo configuradas só para carros. Para as pessoas ? Elas que se contentem com o que sobra.
A falta de lógica é tão grande que hoje as pessoas estão se apertando para morar apenas para terem mais espaços em seus automóveis. Isso é um fato sendo que na verdade, as pessoas deveriam morar melhor e ocupar menos espaço para se deslocar.
Assim, a questão da ocupação e uso do espaço urbano também é outro problema que tem o transporte público como uma das soluções.
ALGUNS NÚMEROS IMPORTANTES:
Com o uso mais amplo do transporte público por parte da população, o espaço urbano é melhor aproveitado. Afinal, um ônibus consegue substituir vários carros de passeio.
Isso já é conhecido, mas quando são apresentados números, a questão se torna ainda mais evidente.
Dados divulgados pela ONG Nossa São Paulo, que debate e apresenta soluções para os problemas da cidade, traz a noção de quanto as políticas que não incentivam o transporte público podem provocar no problema do espaço urbano.
- Uma pessoa que se de carro ocupa 50 metros quadrados da cidade, sozinha. Quem anda de moto, ocupa 8 metros quadrados, e a bicicleta toma uma área de dois metros quadrados. Já para o deslocamento a pé ou em viagens de ônibus, é necessário apenas um metro quadrado por pessoa e isso com conforto.
- A cidade de São Paulo tem uma frota de 7 milhões de automóveis, dos quais, 4 milhões fazem deslocamentos diários, é como se fosse uma frota ativa. Mas basta que 550 mil saiam paras as ruas diariamente para haver congestionamentos.
- Toda esta quantidade de carros é para atender poucas pessoas. São 4 milhões de veículos de passeio ativos apenas para servir diariamente menos de 2 milhões de pessoas.
Para se ter uma ideia da falta de coerência na ocupação do solo e da falta de políticas que promovam mobilidade de fato, 15 mil ônibus apenas da frota municipal transportam 6 milhões de pessoas por dia. Ou seja, 3 vezes mais que os carros com 133 vezes menos veículos.
Assim, melhorar o transporte público, criar corredores exclusivos para que as viagens de ônibus se tornem mais rápidas e atrativas é atender a maioria e isso é uma questão de democracia, o que não ocorre ainda no espaço urbano.