sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Capacidade dos aeroportos brasileiros aumenta em mais de 13 milhões de passageiros por ano

PAC 2 concluiu 16 obras em 10 aeroportos.
Foto: Reprodução
A capacidade dos aeroportos brasileiros aumentou em mais de 13 milhões de passageiros por ano devido às ações da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que concluiu 16 obras em 10 aeroportos. Estão em andamento 22 empreendimentos, como a terraplenagem para construção de outro
Terminal de Passageiros (TPS – 3) no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Além do PAC 2, o Plano de Investimentos do Programa Federal de Auxílio a Aeroportos (Profaa) investirá R$ 308 milhões no reaparelhamento, reforma e a expansão da infraestrutura aeroportuária de interesse estadual e regional.
A previsão da Secretaria de Aviação Civil (SAC) é que os convênios com os governos estaduais sejam firmados até o final do ano. As obras em 22 aeródromos de 13 estados incluem a reforma e construção de pistas, melhorias em terminais de passageiros, ampliação de pátios e a revitalização de sinalizações e de pavimentos.
O Profaa prevê também a compra de 48 carros contra incêndio, até o fim de 2013, que serão destinados a aeroportos em 15 estados, o que permite operação de aviões de maior porte para atender ao crescimento da demanda. O investimento total nesta ação será de R$ 78 milhões, sendo R$ 72 milhões de parcela da União e o restante de contrapartida dos estados.
Programa
De acordo com o quinto balanço do PAC 2 , divulgado no último dia 19, estão em obras os terminais de passageiros de Confins, Cuiabá, Fortaleza, Foz do Iguaçu, Florianópolis, Manaus e Galeão. E também a construção de novos terminais de carga e ampliação e reformas de pistas e pátios, como no Galeão, Salvador e Macapá.
Além disso, as concessões dos aeroportos de Guarulhos e Campinas, em São Paulo, do aeroporto de Brasília e de São Gonçalo do Amarante, no Rio Grande do Norte, vão gerar investimentos de mais de R$ 16 bilhões.
Tarifa aérea média doméstica cai mais de 36% em 10 anos
A Tarifa Aérea Média Doméstica no primeiro semestre de 2012 foi de R$ 272,64, valor 36,2% menor em relação ao mesmo período de 2002 – quando a tarifa ficou em R$ 427,16. As tarifas aéreas domésticas de passageiros encontram-se, desde agosto de 2001, sob o regime de liberdade tarifária. As empresas aéreas podem definir seus preços e apenas registram o valor na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A tarifa do primeiro semestre de 2012 teve redução de 1,1% em comparação com o mesmo período do ano passado. O valor referente ao segundo trimestre de 2012, registrado em R$ 258,59, teve redução de 6,2% se comparado ao mesmo período do ano passado – quando o indicador ficou em R$ 275,77.
 Fonte: Presidência da República / SECOM

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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Padronizar a sinalização e a comunicação das ferrovias brasileiras intensificará o uso do modal


Foto: Reprodução
A malha ferroviária brasileira está crescendo. Os últimos investimentos da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) é a prova de que a infraestrutura logística das ferrovias irá alcançar os padrões de qualidade e de integração de países como Estados Unidos e União Europeia. Para isso, o Brasil precisa modernizar sua infraestrutura investindo em um sistema integrado de sinalização e comunicação, segundo o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.
Conforme ele, “o governo tem a intenção muito clara de modernizar e aumentar a infraestrutura, já que é esperado o uso cada vez mais intenso das ferrovias”. Para Passos, a padronização dos sistemas das ferrovias vai assegurar a competitividade e a renovação da malha ferroviária.
Interoperabilidade
O diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos, falou sobra a situação distinta das ferrovias brasileiras e os obstáculos para a padronização, já que a maioria das linhas ainda é coberta por sistemas analógicos. “Hoje o Brasil tem uma característica única. Temos ferrovias de classe mundial e de classe arcaica. A dificuldade para padronizar é grande, pois há uma grande variedade de sistemas, tecnologia e soluções de telecomunicação.”
De acordo com Bastos, um sistema único de sinalização e comunicação reduziria custos no setor, proporcionando interoperabilidade e a operação de trens de carga e de passageiros na mesma infraestrutura. Essa mudança seria positiva tanto para as concessionárias quanto para os transportadores. Além disso, os equipamentos padronizados proporcionariam mais segurança, aumento da velocidade média e da capacidade efetiva.
Para dar início a modernização do sistema, o diretor da ANTT aponta alguns pontos iniciais, como a criação de uma política para a instalação de fibras ópticas ao longo da malha ferroviária, a alocação de frequências pela Anatel e o projeto de interoperabilidade e padronização das ferrovias.
Desafios
Apesar dos diversos investimentos do Governo Federal e das concessionárias no modal ferroviário, o secretário nacional de Política de Transportes do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato, falou sobre os desafios das ferrovias. “O Brasil tem uma estrutura e logística do século XX e temos que pensar em ferrovias do século presente. Estamos em um processo ininterrupto de integrar tecnologias.”
Perrupato é otimista com relação ao desenvolvimento das ferrovias no país. “Está claro que o país preferiu investir mais na infraestrutura ferroviária a aquaviária. As nossas metas para a matriz ferroviária serão facilmente alcançadas, já que até 2023 deveria corresponder a 35% da matriz de transporte, e hoje já corresponde a 30%”, explicou.
Agência T1, Por Danielle Sousa
Edição: Bruna Yunes

Governo quer licitar quatro portos em 2013



Projeção do Porto Sul de Ilhéus (BA). Imagem: Reprodução
A versão final do pacote de medidas para o setor portuário, que deve ser anunciado no dia 6, aumentou de tamanho e contemplará investimentos de R$ 50 bilhões a R$ 60 bilhões em novas instalações e ampliação da capacidade existente. Mais da metade do valor total precisará ser desembolsado até o fim de 2014.
O anúncio das medidas está previsto para quinta-feira da semana que vem, às 11h, em solenidade no Palácio do Planalto, com a presença de empresários e governadores.
Dilma confirmou o leilão de três portos importantes em 2013: o porto Sul da Bahia (Ilhéus), o porto de Manaus (Amazonas) e o porto de Imbituba (Santa Catarina). Esse último é o único porto totalmente privado do Brasil. Sua concessão, que completa 70 anos em dezembro, não será renovada.
O BNDES já começou a preparar os estudos para a relicitação. A intenção de conceder um novo porto de águas profundas no Espírito Santo, nos arredores de Vitória, ficou para depois. Para a presidente, os estudos eram insuficientes e faltam etapas para confirmar o projeto.
O novo porto de Manaus deverá movimentar 665 mil TEUs (tamanho padrão de contêiner intermodal de 20 pés), com investimento de R$ 450 milhões, e ficará em uma área da antiga Siderúrgica do Estado do Amazonas (Siderama).
Ele recebeu licença prévia, do órgão estadual de meio ambiente, em setembro. Já o porto Sul, com previsão de receber R$ 3,5 bilhões em investimentos, está dividido em duas áreas: uma privativa, que funcionará para escoar minério de ferro da Bahia Mineração (Bamin), e outra pública, a ser concedida pelo governo.
Somando-se as duas áreas, em Ilhéus, deverão ser movimentadas 100 milhões de toneladas em carga gerais por ano. Neste mês, o Ibama deu sinal verde ao empreendimento, mediante a imposição de 39 condicionantes.
Não prosperaram as ideias, defendidas inicialmente até dentro do Palácio do Planalto, de privatizar a administração de algumas companhias docas. Mas, no último momento, Dilma resolveu inovar: optou por conceder à iniciativa privada o atual porto de Ilhéus – também conhecido como Malhado -, que é gerido hoje pela Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba), como experiência.
Trata-se de uma estrutura pequena, que perderá importância para o vizinho porto Sul, e tornou-se alvo preferencial para um teste de administração pelo setor privado – sem grandes consequências operacionais, se houver imprevistos. O leilão de Malhado também deve ocorrer em 2013, elevando para quatro o total de concessões n o próximo ano.
Novos terminais privativos, mesmo sem carga própria preponderante, voltarão a ser autorizados pelo governo. Isso só ocorrerá, no entanto, em locais enquadrados dentro do “planejamento estratégico” da Secretaria de Portos. Há quatro anos, esse tipo de terminal foi proibido por decreto, o 6.620/08. Só passaram a ser autorizadas instalações que movimentavam carga própria, de forma preponderante, sem depender da carga de terceiros para justificar sua existência.
Por determinação de Dilma, no entanto, eles só serão construídos fora dos portos organizados. Isso impedirá a repetição de situações como a da Embraport, que movimentará principalmente contêineres, dentro do porto de Santos.
Há forte disputa, no setor, entre os terminais privativos e os operadores de terminais públicos arrendados à iniciativa privada. Os últimos precisam pagar arrendamento à União e se submetem a regras mais rígidas para contratação de mão de obra, como estivadores. Para os novos terminais privativos, será preciso atender a “chamadas públicas”, que vão abrir a possibilidade de apresentação de propostas por outros concorrentes.
Dilma abandonou a ideia, que nunca chegou a avançar muito, de criar nova autoridade nacional portuária. Seria um ressurgimento da extinta Portobras, espécie de holding para as companhias docas, que administram atualmente 18 portos públicos. A presidente quer uma intervenção mais cirúrgica nas Docas: as diretorias serão profissionalizadas, com um processo de seleção que envolverá empresas de “headhunters”, e terão que assinar contratos de gestão com a Secretaria de Portos.
Para fazer uma administração mais eficiente, que incluirá metas de desempenho, as estatais contarão com uma facilidade. O regime diferenciado de contratações públicas (RDC), já usado pela Infraero e pelo Dnit, será adotado também pelas Docas.
Outra instituição bastante tradicional nos portos, os conselhos de autoridade portuária (CAPs) vão perder a atribuição de homologar tarifas e planejar o arrendamento de novas áreas. Na avaliação de Dilma, a composição paritária dos conselhos (governo, operadores, usuários e trabalhadores) gera conflito de interesses e inviabiliza uma administração eficiente. A partir da reforma do setor, com o pacote, os conselhos vão ter somente um caráter consultivo.
Além das concessões e da liberação de terminais privativos, está prevista ainda a apresentação de um leque de novos terminais públicos para arrendamento ao setor privado, como o Terminal do Meio, no porto de Itaguaí (RJ), assim chamado por estar entre os terminais da Vale e da CSN.
Uma definição do pacote, no entanto, ficou para a última hora: se 54 terminais arrendados antes da Lei 9.630/93 (a Lei dos Portos) e com contratos vencidos poderão ganhar novos prazos ou se serão relicitados. Os empresários pressionam pela renovação dos contratos que chegaram ao fim e prometem, em troca, investimentos acima de R$ 10 bilhões.
Apesar da disposição em resolver o destino dos terminais “caso a caso”, permitindo extensões dos contratos onde esse for o caminho mais rápido para ampliar a capacidade de movimentação de cargas, Dilma foi alertada sobre o risco jurídico de dar soluções diferentes ao mesmo problema. Trata-se da última decisão que ela ainda precisará tomar.
Fonte: Valor, Por Daniel Rittner

SP: Linha da CPTM vai ser ampliada até Campinas

Com extensão da 7-Rubi, que hoje termina em Jundiaí, TAV e trem regional, cidade terá três ligações ferroviárias com a capital.
Foto: France Press
A capital paulista e Campinas deverão ter três ligações ferroviárias nos próximos anos. O governo do Estado vai contratar um projeto funcional para estender a Linha 7-Rubi da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que hoje liga a Luz a Jundiaí, até a cidade a 99 km de São Paulo.
A proposta se soma à do trem de alta velocidade (TAV), prometido pelo governo federal, e à dos trens regionais que interligarão 14 cidades à capital.
Segundo o secretário de Estado dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, a proposta é criar uma linha de subúrbio, com várias paradas entre Jundiaí e Campinas. Ela seria integrada à rede da CPTM, com preço igual (hoje R$ 3). Fernandes diz que a extensão não vai concorrer com os demais projetos ferroviários.
O TAV, que vai ligar Campinas ao Rio, passando por São Paulo, tem velocidade máxima de 360 km/h e sua tarifa deve concorrer com a dos aviões. O trem regional, com velocidade de até 160 km/h, terá tarifa parecida à das rodovias com pedágio. Já a expansão da CPTM concorreria com os ônibus intermunicipais. “Há espaço para todos”, afirma Fernandes.
Trens regionais
O vice-governador, Guilherme Afif Domingos (PSD), disse ontem que a proposta de parceria público-privada para a construção de 436 km de trilhos ligando as principais cidades paulistas deverá ser aberta ao setor privado ainda nesta semana.
Anteontem, a proposta apresentada pela empresa Estação da Luz Participações EDLP e pelo Banco BTG foi aprovada pelo Conselho Gestor das Parcerias Público-Privadas (PPPs), o que libera o governo do Estado a solicitar proposta de outras empresas interessadas.
Os candidatos terão 60 dias para apresentar seus planos. Depois disso, o governo vai selecionar a melhor ideia. Um dos critérios de seleção é o custo para o poder público.
Traçado
Os trens regionais terão dois eixos principais. O primeiro sai de Americana, passa por Campinas, vai até Jundiaí e chega à capital, de onde segue pelo ABC até Santos. O segundo sai de Sorocaba, passa pela capital e vai até São José dos Campos, de onde poderá seguir até Campos do Jordão. Segundo Afif, o trecho prioritário, entre Campinas e a capital, deve ficar pronto até 2016.
O primeiro trecho concorreria com outro projeto anunciado pelo Estado, de uma ligação expressa entre a capital e o ABC. Duas propostas, no entanto, ainda não tiveram o projeto final concluído.
Fonte: O Estado de S.Paulo, Por Bruno Ribeiro

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A estranha lógica da compra da Webjet pela Gol

Autor: 
 
Coluna Econômica
Há algo que não bate na compra da Webjet pela Gol. Ou o CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico) está muito errado ou a Gol deu um tiro no pé.
O setor aéreo atravessa uma fase complicada. Há um duopólio – TAM e Gol – e três entrantes disputando mercado – Avianca, Azul e Trip – praticamente nas mesmas rotas.
Nos últimos anos, houve uma corrida insana de Gol e TAM pela conquista do mercado. Saíram na frente ampliando a oferta antes do aumento da demanda.
A estratégia funcionou enquanto o mercado cresceu. Com o base de 2008 e, agora, com a queda em 2011 – somada ao aumento dos combustíveis (reflexo da alta do dólar) – as duas empresas passaram a acumular prejuízos gigantescos. Seu nível de ociosidade bateu nos 30%, algo incompatível com o modelo de aviação de baixo custo adotado pela Gol e, agora, seguido pela TAM.
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Nesse contexto, a Webjet entra em crise, há um leilão e é arrematada pela Gol. Em seguida, a Gol fecha a empresa e absorve suas rotas. A ideia inicial é que a operação se constituiu em uma prática anti-concorrencial, de redução da oferta, que acabou aceita pelo CADE.
No entanto, as explicações do CADE sobre o acordo fechado com a Gol induzem a pensar que a companhia aumentou a oferta sem garantia de aumento da demanda.
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De acordo com as explicações de Ricardo Machado Muniz, conselheiro do CADE que deu o parecer pró-aquisição, foram analisados os seguintes aspectos concorrenciais:
1. Havia 100 rotas superpostas da Gol e da Webjet, todas elas expostas à competição com as quatro companhias de alcance nacional – TAM, Azul, Trip e Avianca.
2. Constatou-se que os concorrentes dispõem de capacidade técnica, organizacional e escala para ocupar qualquer espaço aberto pela Gol.
3. Consultada, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) respondeu que, em média, a autorização para novas rotas leva 30 dias; no máximo, 60 dias.
4. Pontos mais delicada: a infraestrutura portuária. A Anac informou que em 19 aeroportos existiam slots (espaço e hora para aterrisagem) disponíveis no montante idêntico àquele controlado pela Webjet pelo prazo de uma hora (tempo máximo para embarque e desembarque de passageiros).
Em dois, não havia essa possibilidade: Congonhas e Santos Dumont, com restrições graves de oferta, com mais de 95% de ocupação – contra 60% dos demais.
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No caso de Congonhas, a Webjet controlava slots apenas no sábado e domingo, dias de boa ociosidade. Assim, o problema maior era no Santos Dumont.
Pelo acordo firmado com o CADE, a Gol se comprometerá a operar em Santos Dumont com 82% da sua oferta de assentos. Caso contrário, terá que devolver os slots da Webjet para a Anac.
Para operar sem prejuízo, ou aumenta a demanda ou terá que colocar avião no ar praticamente sem passageiros.
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Ocorre que, ao acabar com a Webjet, a Gol deixou os clientes livres para escolher entre as cinco companhias remanescentes.
Portanto, a não ser que esteja apostando em uma recuperação rápida do mercado, a Gol pode ter dado um tiro no pé, algo surpreendente depois das trombadas dos últimos anos.
Faltam mais elementos para entender a lógica dessa operação.

Falha no bilhete único não tem prazo para acabar


BRUNO RIBEIRO E TIAGO QUEIROZ, COM A COLABORAÇÃO DE ARTUR RODRIGUES E RODRIGO BURGARELLI - Agência Estado
Uma falha técnica que atinge um terço das 58 estações do Metrô está impedindo que passageiros comprem créditos para o bilhete único. O Metrô, que terceiriza a venda dos créditos para quatro empresas, diz que não há prazo para a crise ser solucionada. O problema já dura duas semanas.
As estações com problemas, segundo nota enviada pelo Metrô, são: Ana Rosa, Vila Mariana, Santa Cruz, Praça da Árvore, Saúde, São Judas, Tucuruvi, Parada Inglesa, Jardim São Paulo-Ayrton Senna, Santana e Armênia (Linha 1-Azul) e Corinthians-Itaquera, Artur Alvim, Patriarca, Guilhermina-Esperança, Vila Matilde e Penha (Linha 3-Vermelha). Mas a reportagem constatou que cabines das Estações Brigadeiro, Consolação e Vila Madalena, da Linha 2-Verde, também estão inoperantes.
Passageiros reclamam que, sem lugar para recarregar o bilhete nessas estações, as pessoas precisam sair de seus percursos diários para comprar créditos em outros lugares. Mas a queixa principal é de que, na correria diária, o passageiro acaba comprando bilhetes de papel nas estações do Metrô. Essas passagens não dão direito ao desconto nem às gratuidades quando parte da viagem é feita de ônibus.
"Eu passei a comprar crédito em uma banca de jornal perto do trabalho. Mas nem sempre lembro disso, porque saio apressada e tenho um curso à noite. Então acabo comprando o bilhete de papel, o que me faz gastar mais", conta Danielle Viana Assis, de 19 anos, moradora da zona leste que trabalha em Santa Cecília, na região central.
O problema atinge também postos de venda automática, os únicos equipamentos que permitem ao passageiro comprar créditos para o mês inteiro e pagar com cartão bancário.
Segundo explicação enviada por meio de nota pelo Metrô, há uma pendência financeira envolvendo apenas uma das quatro empresas que oferecem os créditos, a Serviços Digitais. O texto diz que a empresa deixou de fazer pagamentos à São Paulo Transporte, que gerencia o sistema do bilhete único.
"Diante desses fatos, o Metrô instaurou dez processos administrativos visando a penalizar a empresa Serviços Digitais com multa de R$ 100 mil para cada um dos dez contratos firmados com a Companhia, por má prestação de serviço de recarga", diz o texto - a carta não revela se as multas já foram aplicadas.
Sem prazo
Na nota, o Metrô diz que "ainda não há prazo definido para a normalização" do serviço e, "até a resolução do problema, o Metrô orienta os usuários sobre as alternativas de recargas" em outros pontos da rede. A reportagem procurou a Serviços Digitais durante a tarde de ontem, mas ninguém atendeu o telefone informado no site da empresa na internet. A empresa também não consta da lista telefônica. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

Após um ano, ferroviários denunciam descaso da CPTM com morte de trabalhadores


'A empresa segue escondendo os fatos a fim de se livrar das responsabilidades e fazer com que essas e outras mortes caiam no esquecimento', diz sindicato


São Paulo – Há exatamente um ano, três trabalhadores a serviço da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) foram atropelados por uma composição na zona leste de São Paulo e acabaram morrendo. O acidente ocorreu por volta das 4h30 entre as estações Brás e Tatuapé, na Linha 11 – Coral. "Hoje, dia 27, no primeiro aniversário da morte desses ferroviários, ainda não são claras as circunstâncias que causaram o acidente", denuncia o Sindicato dos Ferroviários de Trens de Passageiros da Sorocabana (Sinferp).
"Na ocasião, a CPTM apressou-se, antes mesmo de qualquer apuração preliminar, em atribuir às vítimas a responsabilidade pela própria morte, dizendo que não deveriam estar transitando pela via, depois de concluído o trabalho ao lado dela." Em nota, o Sinferp afirma que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) extinguiu a delegacia especializada em acidentes trabalhistas nas ferrovias do estado, transferindo as investigações para a Delegacia do Metropolitano – o metrô. "Nada mais se soube depois disso."
O Sinferp afirma que "fatores anteriores" criaram as condições para o acidente, entre eles, a falta de comunicação entre os acidentados, o maquinista que conduzia a locomotiva e o Centro de Controle Operacional – que deveria ter alertado o condutor sobre a presença de trabalhadores realizando serviços na via. De acordo com o sindicato, sinalizações mais adequadas e a presença de um técnico de segurança poderiam igualmente ter evitado a tragédia. "Não foi permitido ao Sinferp acesso ao inquérito interno", continua a entidade. "A CPTM segue escondendo os fatos a fim de se livrar das responsabilidades e fazer com que essas e outras mortes caiam no esquecimento."
No final de 2011 e começo de 2012, a CPTM passou por uma crise que quase culminou na demissão do secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes. O número de mortes, panes e acidentes na rede aumentou em número e frequência, obrigando o governo do estado a realizar obras que – segundo o sindicato dos ferroviários – deveriam ter sido feitas há muito tempo.
Na época, Jurandir Fernandes justificou a ocorrência dos problemas devido a um "tsunami de passageiros" provocado pelo avanço da integração das linhas da CPTM com o metrô. Além das três mortes ocorridas no dia 27 de novembro do ano passado, mais dois trabalhadores perderam a vida pouco tempo depois, no dia 2 de dezembro.
Procurada, a CPTM não respondeu às questões apresentadas pela RBA

Eletra confirma que vai entregar 20 trolebus articulados para a Metra



trolebus
Eletra confirma a venda de 20 trolebus articulados para a Metra. Veículos terão baterias que permitem circulação por cinco quilômetros independente da rede aérea. Foto Ilustrativa: Adamo Bazani
Eletra fecha venda de 20 trólebus articulados para a Metra
Os novos carros têm 18 metros e são equipados com sistema autônomo de baterias
que permite ao veículo percorrer até 5 quilômetros desconectado da rede aérea
A Eletra, especializada em tração elétrica para transporte urbano, acaba de acertar a venda de 20 novos trólebus para a Metra, empresa concessionária do Estado, responsável pela operação do Corredor ABD, que liga municípios do ABC à capital paulista. Os novos carros que serão entregues a partir de janeiro de 2013, são articulados, têm 18 metros de comprimento, e são montados com chassis Mercedes, carroceria Induscar/Caio, motor elétrico WEG e baterias MOURA.
A configuração é a top de linha, a mais moderna da categoria em termos de conforto ao usuário e eficiência para a operação. O grande diferencial está em que todos os novos veículos serão equipados com sistema autônomo de baterias que permite aos trólebus percorrerem até 5 quilômetros de distância desconectados da rede elétrica. Esse sistema põe um ponto final nos problemas enfrentados no trânsito por conta de avarias na rede elétrica que causam a paralisação dos ônibus. “Normalmente as quedas de energia ocorrem nas subestações localizadas a cada 1 quilômetro de distância. Assim, caso ocorra qualquer intervenção, seja provocada por um acidente de trânsito ou a simples interrupção da transmissão de energia, o veículo baixa as alavancas e segue até a próxima subestação”, explica Iêda Maria Oliveira, gerente comercial da Eletra.
Os trólebus são consagrados por não emitirem poluentes, reduzindo os riscos para a saúde da população e contribuindo para garantir que o entorno das vias por onde circulam não seja degradado. Além da emissão ZERO, a tecnologia dos trólebus da Eletra garantem excelente performance. As alavancas são pneumáticas que impedem o ricocheteamento na rede elétrica, o sistema de chaveamento de rede é feito através de botão e não mais por aceleração. Os trólebus regeneram energia para acumular nas baterias, a frenagem é elétrica e toda a operação é controlada eletronicamente. O gerenciamento eletrônico reduz significativamente o custo da operação, garantindo mais agilidade na manutenção e maior durabilidade dos componentes.
Para o usuário, o trólebus oferece bastante conforto em relação aos ônibus convencionais. A aceleração controlada eletronicamente evita os trancos constantes; o ruído, interno ou externo, é baixo, reduzido em até 60% e o veículo, além de acessibilidade e ar condicionado, dispõe de tomadas elétricas para o usuário conectar seu celular, tablet ou notebook. O condutor também sente os benefícios, pois trabalha com muito mais conforto, bem estar e tranqüilidade, o que reflete no tratamento com o passageiro e na condução do veículo.
Assessoria de imprensa da Eletra

Cerca de 80% dos erros cometidos por pilotos são causados por fadiga humana

Apesar de todo o progresso tecnológico e de elevados recursos destinados à segurança, acidentes continuam acontecendo por erro humano, alerta representante da Abrapac
Foto: Reprodução
O gestor da comissão de fadiga da Associação Brasileira de Pilotos da Aviação Civil (Abrapac), Paulo Licati, disse nesta terça-feira (27), em audiência pública no Senado Federal, que aproximadamente 80% dos acidentes aéreos cometidos por pilotos são ocasionados pela fadiga humana.
Segundo o especialista, qualquer jornada de trabalho que ultrapasse 11 horas aumenta em 300% as chances de acidentes. Licati desaprovou o PLS 434/11 que altera a lei que regula o exercício da Profissão de Aeronauta (nº 7.183/84), e aumenta a jornada de trabalho do aeronauta de 11 para 14 horas. O autor do projeto é o senador Blairo Maggi (PR-MT). “A carga horária excessiva prejudica o estado de alerta e os reflexos dos pilotos”, disse Licati.
Além da jornada de trabalho extensa, o gestor da comissão de fadiga informou que é preciso uma legislação moderna para o setor. Ele falou também das condições precárias que vivem os pilotos. “Ficamos em hotéis barulhentos, sem blecautes, muitas vezes em lugares distantes, causando a exaustão da tripulação. Não podemos aceitar esse projeto do Senado.”
O PLS tem como relator o senador João Costa (PPL-TO), presidente da Subcomissão Temporária sobre Aviação Civil (Cistac). O texto deverá ser votado, ainda sem data prevista, pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), em decisão terminativa.
Agência T1, Por Bruna Yunes

Voar de Brasília a Fortaleza sai mais caro do que para Londres



28 novembro de 2012 às 10:02 am
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Foto: Reprodução
O consumidor que ainda está em busca de passagens aéreas para curtir o fim de ano deve preparar — e muito — o bolso. Com a oferta de bilhetes restrita, sobretudo depois do fechamento da Webjet pela Gol, as empresas reajustaram os preços sem constrangimento.
Tanto que uma viagem de Brasília para Fortaleza ou Natal entre os dias 26 de dezembro e 2 de janeiro, trechos de ida e volta, pode passar de R$ 5 mil por passageiro, sem incluir as taxas aeroportuárias.
Os valores cobrados pela TAM e pela Azul nesses dois casos superam os bilhetes internacionais da capital federal para Londres e Paris, entre R$ 4,3 mil e R$ 4,7 mil, e são quase o dobro da média cobrada no trajeto para Buenos Aires.
Os valores levaram o governo a agir para evitar os abusos das empresas. Na avaliação de técnicos do Palácio do Planalto, a exclusão de um concorrente do mercado pela Gol é a senha que as companhias esperavam para punir os consumidores e tentar reverter rapidamente os prejuízos acumulados — somente no terceiro trimestre, as perdas das duas líderes do mercado passaram de R$ 1 bilhão.
Por determinação da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, convocou, para hoje, uma reunião com o presidente da Gol, Paulo Sérgio Kakinoff, e o presidente de seu Conselho de Administração, Constantino de Oliveira Júnior. Na pauta do encontro, está o encerramento das operações da Webjet e os exageros nos valores da passagens. A reunião também terá a presença do presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys.
Antes mesmo do anúncio do fim da Webjet, na última sexta-feira pela Gol, os preços das passagens já tinham decolado, conforme revelavam análises prévias. Ontem, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), pela Fundação de Pesquisas Econômicas (Fipe), que mede a inflação no município de São Paulo, apontou as tarifas das companhias aéreas como um dos cinco maiores destaques de alta nas últimas duas semanas. Elas subiram em média 7,98%.
O IPC ficou em 0,64%. Segundo o Sindicato Nacional dos Aeronautas, depois do anúncio do fechamento da Webjet, na sexta-feira, houve aumento de quase 300% em alguns trechos.
Belo Horizonte é a capital que registrou a maior elevação de preço de passagem aérea no acumulado dos últimos 12 meses (a partir de outubro) entre 11 cidades brasileiras. O aumento foi de 23,47%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em outubro, a alta foi de 15,52%, só perdendo para Goiana.
Alta temporada
Segundo o coordenador do levantamento da Fipe, Rafael Costa Lima, passagens aéreas e pacotes de viagem devem seguir pressionando a média geral de preços nos próximos meses, favorecidos pela própria alta temporada.
É consenso que as passagens tendem a ficar cada vez mais caras. “Com a chegada das festas de fim de ano, esses aumentos irão se refletir diretamente no bolso dos clientes do setor aéreo, que agora terão que avaliar muito bem a viabilidade da sua viagem”, afirmou a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informa que o preço médio da tarifa de passagens aéreas nacionais recuou 43% de 2002 a 2011, quando a procura cresceu quase 200%. Mas admite que a tendência a partir deste semestre é bem diferente, puxada pela alta do dólar e pela disparada nos preços do querosene de aviação.
A Proteste lembra, porém, que, apesar de a Anac afirmar que houve queda no valor médio das passagens nos últimos anos, a redução da concorrência entre as companhias que se vê hoje é mais um fator a puxar as tarifas para cima.
As empresas líderes de mercado — Gol e TAM — são justamente as responsáveis por esse fenômeno. “A diferença de tarifas entre as duas empresas é quase inexistente, mas quando comparada com as outras menores, é quase o dobro. Nesse caso, todas tendem a reajustar os preços”, afirmou a coordenadora.
Segundo Maria Inês, a modificação generalizada nas tabelas, que vem sendo justificada pelas companhias com os aumentos nos preços dos combustíveis, é descolada do contexto econômico. “A alta nos últimos meses foi desproporcional se comparada à inflação, aos custos de operação e, sobretudo, ao aumento dos salários.
Esse resultado se choca bastante com a condição do consumidor de continuar viajando de avião”, observou. Procurada, a TAM informou que seus preços correspondem à demanda de cada cliente. Para isso, oferece a tarifa mais adequada para cada perfil: básico, flex e top. A Gol, a Azul e a Avianca foram procuradas e não se posicionaram a respeito dos preços das tarifas.
Para quem ainda deseja sair da sua cidade no fim de ano, Maria Inês recomenda que o consumidor pesquise muito antes de comprar, além de procurar sempre os próprios sites das empresas aéreas que não cobram taxas para efetuar as vendas.
Concentração
Para Alessandro Oliveira, professor do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), as passagens só não alcançaram altitudes ainda maiores porque as líderes TAM e Gol não estão completamente sozinhas na briga pelos passageiros. “A absorção da Webjet fez o mercado avançar rumo à concentração, mas ainda não permitiu a volta do virtual duopólio de cinco anos atrás”, observa o economista. Segundo ele, união de Azul e Trip, juntamente com a Avianca, garantiu um patamar mínimo de concorrência.
“A terceira e quarta colocadas impedem o poder excessivo das duas primeiras e uma eventual combinação de preços e relaxamento no atendimento à crescente procura. Um equilíbrio maior do setor dependerá do apetite das competidoras médias para crescer”, explica Oliveira. Ele lembra que TAM e Gol já vinham perdendo participação, mesmo com as limitações técnicas e comerciais das outras.
André Castellini, da consultoria Bain & Company, acrescenta que o aumento das passagens é só um sintoma mais nítido da saída de cena da única companhia classificada no modelo de baixas tarifas (low cost, low fare), do qual a Gol fez parte nos seus primeiros anos.
Ele prevê mais cortes no total de voos para destinos comuns, com a continuidade da briga entre as duas gigantes do setor, donas de mais de 70% do mercado, a definir a tarifa média.
Convocação ministerial
O ministro do Trabalho, Brizola Neto, recebeu, ontem, representantes dos funcionários da Webjet. Eles pediram que o órgão interceda junto a Gol e reverta a decisão da empresa de demitir 850 pessoas, cortes que foram anunciados na sexta-feira passada.
Brizola Neto expressou preocupação com as demissões e se comprometeu em promover a mediação com a empresa para tentar cancelá-las. O ministro também conversará com integrantes do governo para buscar solucionar o problema. O ministério chamou a Gol para conversar.
Fonte: Correio Braziliense, Por Priscilla Oliveira, Sílvio Ribas e  Geórgea Choucair

Secretaria de Ação Civil vai analisar fim da Webjet


Foto: Reprodução
O ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, vai se reunir nesta quarta-feira, às 9h, com representantes da Gol Linhas para tratar do encerramento das operações da Webjet, anunciado na última sexta-feira. A decisão da Gol resultou na demissão de 850 funcionários, entre tripulação técnica, tripulação comercial e manutenção de aeronaves.
Também participarão da reunião o diretor-presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marcelo Guaranys, e o secretário-executivo da SAC, Guilherme Ramalho. Pela companhia, estarão presentes o presidente da Gol, Paulo Sergio Kakinoff, e o presidente do conselho de administração da Gol, Constantino Júnior.
Ex-funcionários da Webjet anunciaram na segunda-feira que deverão entrar com um pedido no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para que o órgão revise a decisão sobre a fusão entre Gol e Webjet, julgada no mês passado.
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) também pretende intermediar um acordo entre a companhia aérea Gol e os funcionários da Webjet a respeito das demissões, segundo informou hoje o secretário de Relações do Trabalho do ministério, Manoel Messias. O encontro entre representantes das empresas e dos funcionários, como sindicatos, ainda não tem data prevista.
 Fonte: Valor Econômico, Por Bruno Peres

Presidência afasta três do Ministério dos Transportes após operação Porto Seguro


Foto: Reprodução/Agência Brasil
O inventariante da extinta Rede Ferroviária Federal S.A., José Francisco da Silva Cruz, o ouvidor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Jailson Santos Soares, e o chefe de gabinete da Antaq, Enio Soares Dias, foram afastados de seus cargos hoje (27) em decorrência da Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.
O afastamento de Jaílson foi publicado no Diário Oficial da União, nos despachos da presidente da República, e a exoneração de José Francisco foi assinada pela ministra Gleisi Hoffmann, da Casa Civil, juntamente com a de Glauco Alves Cardoso Moreira, procurador-geral da Antaq. Já Ênio foi demitido pela própria agência.
A Operação Porto Seguro investiga um esquema de favorecimento de interesses privados em processos públicos. A Agência Nacional de Águas (ANA), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Advocacia-Geral da União (AGU), a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério da Educação (MEC) estão entre os órgãos envolvidos na operação.
Veja a lista dos servidores já exonerados após a Operação Porto Seguro:
Mirelle Nóvoa Noronha Oshiro: filha da ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo, Rosemary Noronha, foi exonerada do cargo comissionado de assessora técnica na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Rosemary Nóvoa de Noronha: exonerada do cargo de chefe do gabinete regional da Presidência da República em São Paulo.
José Weber Holanda Alvez: exonerado do cargo de adjunto do advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, e cargo de membro suplente do Conselho Deliberativo da Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do Poder Executivo (Funpresp).
Evangelina de Almeida Pinho: exonerada do cargo de assessora da Secretaria do Patrimônio da União, em portaria do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, e foi instaurada uma sindicância para apurar possíveis irregularidades praticadas por servidores da secretaria.
Esmeraldo Malheiros Santos: exonerado do cargo de assessor da Consultoria Jurídica no Ministério da Educação
Paulo Rodrigues Vieira: afastado do cargo de diretor da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Ministério do Meio Ambiente
Rubens Carlos Vieira: afastado do cargo de diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do cargo na Secretaria de Aviação Civil
A investigação
Na sexta-feira (23), a PF prendeu seis pessoas acusadas de participar de organização criminosa que funcionava infiltrada em órgãos federais para favorecer interesses privados na tramitação de processos. As prisões foram efetuadas em São Paulo, Santos e Brasília.
Foram presos em Brasília dois servidores públicos e um advogado, além de dois advogados em Santos e um empresário na capital paulista. Ao todo, 18 pessoas foram indiciadas.
A investigação que desbaratou o esquema começou em março de 2011. A PF foi procurada por um servidor do TCU (Tribunal de Contas da União) que disse ter recebido uma proposta para receber R$ 300 mil em troca de elaborar um parecer técnico beneficiando um grupo empresarial do setor portuário.
A testemunha teria se arrependido após receber R$ 100 mil e denunciado o esquema à Polícia Federal. A instituição afirmou que no decorrer da investigação descobriu que a denúncia dele não era um caso isolado. Os membros da quadrilha passaram então a ser identificados e investigados.
A quadrilha cooptava servidores de órgãos públicos para acelerar a tramitação de procedimentos e elaborar pareceres técnicos fraudulentos a fim de beneficiar interesses privados.
Os indiciados responderão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha, tráfico de influência, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica e falsificação de documento particular, cujas penas podem ir de 2 a 12 anos de prisão.
Fonte: Uol, Com informações da Agência Brasil

PPP pode acelerar volta de trem regional em SP


Foto: Digna Imagem/Clóvis Ferreira
Uma Parceria Público-Privada (PPP) pode tornar viável o projeto de construção de quatro linhas de trens expressos regionais saindo de cidade de São Paulo. As empresas Estação da Luz Participações e BTG Pactual Gestora de Recursos mostraram-se interessadas em executar o projeto, previsto pelo governo paulista desde 2010. Individualmente, algumas das linhas, como a ligação para Campinas, está prevista desde 2006.
Ao todo, são 431 quilômetros de trilhos ligando São Paulo – Jundiaí – Campinas; São Paulo – São Roque – Sorocaba; São Paulo – São José dos Campos; São Paulo — ABC – Santos. O investimento será feito por meio de PPP, com contrato de 35 anos, e chega a R$ 18,5 bilhões, sendo R$ 12,5 bilhões da iniciativa privada e R$ 6 bilhões suportados pelo poder público, em contrapartida.
O trem será expresso, com velocidade de 160 km/hora, e vai aproveitar trechos de linhas férreas já existentes, o que facilita as obras, já que haverá pouca necessidade de desapropriações e de novas licenças ambientais.
As linhas têm como objetivo desafogar o tráfego das rodovias de acesso às cidades que serão servidas pelos trens e pretende beneficiar 63% da população do Estado, que se concentra nas regiões metropolitanas de São Paulo e nesses municípios.
“Teremos um sistema unificado de transportes, com viagem rápida e confortável, que vai permitir que as pessoas morem nessas cidades e trabalhem em São Paulo”, diz, o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, que preside o Conselho Gestor de PPPs do Estado.
As tarifas do transporte devem concorrer com as de ônibus. De acordo com o projeto a que o Valor teve acesso, no trecho entre São Paulo e Santos, por exemplo, a previsão é que sejam cobrados R$ 15 em uma viagem de 50 minutos. Hoje, um ônibus que sai de São Paulo para Santos custa R$ 20,54 e também faz a viagem em 50 minutos, mas ela pode demorar mais, dependendo do trânsito.
Já a viagem de ônibus entre São Paulo e São José dos Campos, que dura 1h30 e custa R$ 20,75 por ônibus, poderia ser feita por trem em 45 minutos ao preço de R$ 18.
A maior demanda de passageiros, segundo o projeto, é no ABC, onde o trem vai atender as cidades de Mauá, São Caetano e Santo André, chegando a 330 mil passageiros por dia. Já São Bernardo, que ficou fora do traçado, será atendida por outro projeto, o do monotrilho que parte da estação Tamanduateí, na Linha Verde do metrô paulistano.
De acordo com o vice-governador de São Paulo, o projeto não conflita com o trem de alta velocidade (TAV), que também vai atender cidades como Campinas e São José dos Campos.
“Os dois trens se complementam. O regional levará passageiros para o trem-bala e eles poderão dividir estações, que funcionarão como hubs [centro de distribuição de passageiros]“, diz. No caso de Campinas, por exemplo, o trem-bala atende apenas o Aeroporto de Viracopos, enquanto o trem regional passa pela cidade e teria estação no centro.
Na capital paulista, a estação seria na Água Branca, na zona oeste, onde estão previstas a chegada dos quatro trens regionais, do trem-bala, e das composições da Linha 6-Laranja do metrô, que vai da Brasilândia, na zona norte, até São Joaquim, na região central, e está planejada para 2018, mesma previsão de conclusão do trem-bala.
“Estamos trabalhando em conjunto com a EPL [Empresa de Planejamento e Logística]“, garante Afif Domingos, lembrando que tem um reunião hoje em São Paulo com o presidente da empresa, Bernardo Figueiredo, para discutir o assunto.
Em Santos, o trem regional prevê ainda integração com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) que vai ligar as cidades do litoral sul paulista. O percurso até a cidade litorânea é o mais complexo, já que precisa superar trecho de serra. “Será feito um sistema especial para reduzir a velocidade do trem nesse trecho e evitar a construção de túneis, que é mais cara”, diz o vice-governador de São Paulo.
Já o trem para Jundiaí terá o maior valor (R$ 5 bilhões) pela maior necessidade de construção de túneis. O trem que vai seguir para São José dos Campos poderá ainda chegar a Taubaté e Pindamonhangaba, atendendo as cidades mais populosas do Vale do Paraíba.
Assim como o trem-bala, o vice-governador ressalta que os trens regionais preveem no entorno das estações exploração de centros comerciais, estacionamentos e terminais de ônibus, que devem contribuir para o retorno financeiro do empreendimento.
Depois de receber a proposta da Estação da Luz Participações e do BTG Pactual, o governo paulista divulgará minuta para atrair outras manifestações de interesse de empresas.
A intenção é que as empresas interessadas realizem o projeto básico e o contrato para início das primeiras obras seja assinado em abril de 2014. O governo de São Paulo prevê que os primeiros trechos estejam em operação em 2016 e os últimos em 2020.
Fonte: Valor Econômico, Por Guilherme Soares Dias
COMENTÁRIO SETORIAL
Tenho minhas dúvidas se esses projetos sairão do papel na data anunciada. O governador Geraldo Alckmin teve a sua pior avaliação pela população paulista, e como sempre faz, sai distribuindo factóides, inundando as páginas de jornais como promessas. Não acho viável principalmente os trechos entre Campinas e São José dos Campos, pois ao contrário do que diz o vice-governador, conflita sim com o TAV. Esses dois trechos é que viabilizarão a implantação do TAV. Quem tem o controle da malha ferroviária nesses trechos é o governo federal.