sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

VLT do Rio não terá catracas

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Quem já esteve no exterior e utilizou sistemas de transportes, sempre relata em algum momento que presenciou a cobrança da tarifa de maneira espontânea por parte dos passageiros, inclusive sem a presença de catracas. Sempre o relato da experiência vem acompanhado da lamentação de que isto não funcionaria no Brasil.
Porém, a forma de cobrança será testada no Rio de Janeiro. A chamada “validação voluntária” será adotado ao longo de todo o trajeto do VLT que está sendo construído no município. Em grande parte das estações, a validação será feita voluntariamente em equipamentos dentro do veículo, que não contará com roleta nem cobrador. Fiscais devem verificar a validação dos bilhetes. Quem usar do famoso “jeitinho brasileiro”, e tentar viajar de graça, será convidado a se retirar do trem, inclusive com a presença da PM ou da Guarda Municipal.
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De acordo com o subsecretário de Projetos Estruturais da Secretaria Especial de Concessões e Parcerias Público-Privadas, Gustavo Guerrante, por uma questão de legislação a concessionária não tem o poder de punição.“Poderemos usar mais de um meio de controle. Estamos estudando as tecnologias disponíveis. No local onde for detectada evasão, intensificaremos a fiscalização” — disse Guerrante.
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O subsecretário acredita que a taxa de evasão será baixa: “É uma mudança de paradigma no modo como é feita a cobrança no transporte público no Brasil. A gente espera que a maior parte das pessoas use o bilhete único, porque a vantagem é grande na integração com outros meios de transporte” –  completa.
O valor cobrado será o mesmo dos ônibus municipais. Serão aceitos os bilhetes únicos estadual e municipal, além da passagem do próprio VLT. O Governo estima a operação da linha em 2016.

"Ciclistas são heróis da cidade", diz ex-prefeito de Bogotá

Urbanista Enrique Peñalosa falou ontem (26) durante no Fórum Mundial da Bicicleta. Evento vai até domingo (1º) e tem transmissão on-line
Ciclistas acompanham o Fórum de Bicicleta, em Mede

O primeiro dia de atividades do Fórum Mundial da Bicicleta, ontem (26), em Medellín, na Colômbia, foi recheado de trocas de experiências entre os participantes de várias cidades e países de todo o planeta.

Nas apresentações, o destaque ficou para o urbanista colombiano Enrique Peñalosa, ex-prefeito de Bogotá, que fez uma análise do papel das bicicletas na transformação das cidades. Peñalosa fez questão de afirmar que os ciclistas são "heróis da cidade", por sua contribuição com menos poluição, menos engarrafamentos e menos gastos com saúde.

Outra atração do Fórum, o filme 'Bike vs Cars' foi aplaudido de pé pelos ativistas que lotaram as salas do Teatro Pablo Tobón Uribe. O documentário mostra como as cidades vêm incentivando o uso do automóvel ao direcionar seu planejamento na ampliação sistemática de vias, deixando sucateado o transporte público e marginalizada a bicicleta. 

O filme acerta ao fazer um paralelo entre as cidades de Bogotá, Los Angeles e São Paulo, e mostrar que cidades de diferentes países sofrem com os mesmos problemas causados pela ganância da indústria automobilística.

Confira os destaques de de hoje, sexta-feira (27), do Fórum:

Perspectivas Globais da Bicicleta, que tratará das ações em realização pelos coletivos latino-americanos, europeus, chineses e da Ásia central para promover a bicicleta; 

Construindo Cidades para Todos, que trará as experiências de cidades que se transformaram em lugares mais amigos para as pessoas graças à adoção da bicicleta; 

Lançamento de três livros sobre bicicleta. Destaque para a obra "A Bicicleta no Brasil" que aborda a cultura da bicicleta em nosso país.

- Por fim, como não pode deixar de acontecer, o dia termina com a tradicional Massa Crítica do Fórum Mundial da Bicicleta. Afinal, é a última sexta-feira do mês, quando milhares de bicicletas devem ocupar as ruas de Medellín.

Fique ligado: As principais mesas estão sendo transmitidas ao vivo pela TV pública de Medellín, pelo linkhttp://telemedellin.tv/senal-en-vivo

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Ônibus 24 horas em São Paulo

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Reunião entre governo e representantes dos caminhoneiros


Governo caminhoneiros chegam a acordo que pode acabar com protestos
26/02/2015 00h55
Brasília
Danilo Macedo – Repórter da Agência Brasil
Edição: Aécio Amado
Após reunião no Ministério dos Transportes, que durou toda a tarde e noite dessa quarta-feira (25), governo e caminhoneiros chegaram a um acordo que pode acabar com os protestos nas rodovias federias. Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, que participou da reunião, a proposta apresentada pelo governo foi acatada pelos representantes da categoria presentes à mesa de negociação.
Pela proposta, o governo promete sancionar a Lei dos Caminhoneiros sem vetos, prorrogar por 12 meses o pagamento de caminhões por meio do Programa Procaminhoneiro e a criação, por meio de negociação entre caminhoneiros e empresários, de uma tabela referencial de frete. Nesse item, os representantes dos caminhoneiros pediram que o governo atue na mediação com os empresários.
O presidente da CNTA considerou que o acordo trouxe ganhos históricos para a categoria. Segundo Diumar Bueno, os caminhoneiros tiveram conquistas efetivas na mesa de negociação. “Diante da gravidade que se encontra o país neste momento, nós pedimos a sensibilidade dos caminhoneiros de liberar as rodovias pelas conquistas que tiveram aqui”, disse Diumar, ressaltando no entanto que não poderia garantir o fim dos bloqueios.
O ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, ressaltou após a assinatura do acordo que ele só será cumprido sob a condição do fim dos protestos. “Só vai ser cumprido o que nós combinamos na hora que for liberadas as estradas”, ressaltou. “Eu acho que a partir de agora as estradas já´estão sendo liberadas”, completou.
PS Cafezinho: Se os caminhoneiros encerrarem os protestos, e tudo indica que sim, porque os seus representantes admitiram que eles conseguiram “ganhos históricos”, será uma notícia triste para os sabujos da mídia. Eles contavam com a intransigência dos caminhoneiros para haver “desabastecimento” nas cidades, com reflexos negativos na aprovação da presidenta.
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Caminhoneiros indicam fim dos bloqueios após pacote do governo federal

Antônio Cruz (ABr)Caminhoneiros conseguiram avançar em encontro com patrões e governo

Proposta inclui congelamento do preço do diesel e aumento do valor do frete pago aos trabalhadores

Escrito por: Luiz Carvalho

A sensibilidade do governo federal em ouvir e negociar com os trabalhadores, conforme cobra a CUT, resultou em um pacote com avanços (leia mais abaixo) para os caminhoneiros, que indicam o fim dos bloqueios pelo país.

Em reunião entre representantes da categoria, dos patrões e ministros, nessa quarta-feira (25), em Brasília, o ministro da Secretaria da Presidência da República, Miguel Rossetto, afirmou que haverá refinanciamento das dívidas do Pró Caminhoneiro e do Finame (Financiamento de Máquinas e Equipamentos) com carência de um ano e acenou para o congelamento do preço do diesel por ao menos seis meses.

O encontro definiu ainda o compromisso dos embarcadores e os donos das transportadoras em aumentar imediatamente o valor do frete pago aos caminhoneiros e a construção de uma tabela mínima de referência para os motoristas.

Rossetto disse ainda que a presidenta Dilma Rousseff sancionará integralmente a nova Lei do Motorista, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 41/2014, que atualiza a Lei 12.619/2012.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística da (CNTTL), Paulo João Estausia, tão importante quanto esses avanços que beneficiam mais de dois milhões de trabalhadores foi a definição da continuidade da negociação em uma mesa permanente formada por representantes da categoria, patrões e governo.

“Há pontos que não poderíamos resolver em um dia, como a tabela referencial do frete. É preciso debater, fazer contas, mas o governo abriu portas para que possamos continuar a discutir as questões ainda pendentes”, definiu.

Com isso, a expectativa é o fim dos piquetes que começaram no último dia 8 no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul e se espalharam por todo o país com mobilizações que atingiram estradas de 10 estados.

Pauta é trabalhista

Secretário-adjunto de Saúde do Trabalhador da CUT, Eduardo Guterra, apontou a necessidade de separar as reivindicações da categoria da ação de aproveitadores que tentaram se beneficiar do movimento.

“A pauta dos caminhoneiros não pode ser contaminada pelo debate sobre o momento político. Se a pauta é da ampliação de direitos, creio que houve avanços”, afirmou.

Guterra também apontou a mesa permanente como uma conquista fundamental para estabelecer uma nova relação de trabalho, da mesma forma que em setores como a construção civil, no qual modelo semelhante foi adotado.

“Pontos como o frete, o governo não pode estabelecer porque quem regula é o mercado, mas pode mediar e cobrar o setor que explora isso a fazer uma política coerente com o trabalho árduo que os caminhoneiros realizam. Será um espaço para discutir temas mais amplos, que dependem da reforma tributária, por exemplo, como a redução preço do óleo diesel. Algo justo, mas que não pode ser resolvido num dia e depende de legislação e debate na Câmara”, pontuou.

Conquistas dos caminhoneiros:

Aprovação integral da nova lei do caminhoneiro (PL 4246/2012);

isenção do pagamento de pedágio para o eixo suspenso de caminhões vazios;

aumento do valor da estadia (tempo em que o caminhoneiro pemanece parado à espera da carga) de R$ 1 para R$ 1,38 tonelada/hora, calculada sobre a capacidade total de carga do veículos, valor este atualizado anualmente pelo INPC do IBGE;

obrigatoriedade do embarcador ou destinário da carga de oferecer documento hábil para comprovação do horário de chegada do caminho, sujeito a multo de 5% do valor da carga;

tolerância de peso bruto total de 5% e de peso por eixo de 10% e perdão das multas por excesso de peso expedidas nos últimos dois anos;

responsabilização do embarcador pelos prejuízos decorrentes do excesso de peso e transbordo da carga com excesso;

inclusão de obrigação do governo de instalar e incentivar pontos de para, mediante cessão de áreas públicas;

carência de um ano para pagamento das parcelas de financiamento do Pró Caminhoneiro e Finame dos novos contratos e dos em vigor;

compromisso dos embarcadores de aumento imediato do frete e negociação de tabela referencial de fretes a ser intermediada pelo governo federal;

congelamento do preço do Diesel por ao menos 6 meses e aumento imediato do frete.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Novo site aceita sugestões para Plano de Mobilidade em São Paulo

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Foi lançado nesta terça-feira (24) um site para receber sugestões chamado PlanMob, o Plano de Mobilidade para o município de São Paulo.
De acordo com a prefeitura, serão aceitas opiniões sobre os serviços de ônibus, ciclovias e outros temas relacionados à mobilidade urbana.
São ao todo nove itens que abrangem desde a impressão sobre os serviços de transporte até a a qualidade de vida das pessoas.
Existem também dados disponíveis para consulta sobre legislação e acessibilidade.
O site não recebe reclamações sobre os serviços. Para isto, o passageiro deverá endereçar a queixa aos canais tradicionais, como o telefone 156.

Novo prazo para concluir trecho da Transnordestina é de até 60 dias

Vídeo mostra um trem passando pela ferrovia, em Paulistana.


O Governo do Estado estabeleceu um novo prazo para conclusão do trecho da ferrovia Transnordestina, que passa pelo município de Paulistana, no sul do Piauí. Agora, a previsão é de que no máximo em 60 dias ele esteja concluído.
Após finalizada essa parte da obra no Piauí, o objetivo do governador Wellington Dias (PT) é trazer a presidente Dilma Rousseff (PT) ao Estado. A obra é do Governo Federal, mas cabe ao Governo Estadual agilizar todas as desapropriações necessárias para a execução do projeto.
Ontem (23), o governador Wellington Dias (PT) encaminhou para a assessoria do governo, via WhatsApp, um vídeo que mostra o trem passando pela ferrovia e levando material a ser utilizado na obra.

O vídeo foi publicado na página do Facebook. De acordo com a postagem, o trecho que passa pelo município de Paulistana está bastante adiantado. “O Governo Federal está construindo cerca de 1 km por dia e o trem já começa a circular por nosso Estado. No trecho que vai da divisa entre o Piauí e Pernambuco até as imediações dos municípios de Pavussu e Eliseu Martins, há 3.200 pessoas trabalhando, montando os dormentes sobre a brita e deixando a linha férrea pronta para utilização”, diz o texto.
Uma equipe da Secretaria Estadual de Transporte e da Secretaria Estadual de Infraestrutura planeja uma viagem até o sul do Piauí para visitar as obras.
No Piauí, a ferrovia Transnordestina passa pelos municípios de Campinas do Piauí, Canto do Buriti, Caridade do Piauí, Conceição do Canindé, Eliseu Martins, Isaías Coelho, Massapê do Piauí, Paes Landim, Pajeú do Piauí, Patos do Piauí, Pavussu, Ribeira do Piauí, Simões, Simplício Mendes e Socorro do Piauí.
A construção de 1.728 quilômetros de extensão interligará os estados do Piauí, Ceará e Pernambuco aos portos de Pecém (CE) e Suape (PE). O investimento previsto atualmente é de R$ 7,5 bilhões.

Greve de caminhoneiros: direita acionou o 'faça-se o caos'?

Dilma não foi omissa quanto a questão dos caminhoneiros. O governo deve sentar para negociar com as lideranças sérias, isolando o golpismo. 

Da Redação
Ed Santos / Acorda Cidade
A expressão ‘greve de caminhoneiro’ condensa um clássico latino-americano. No Chile de Allende, a paralisação nacional dos caminhoneiros, em outubro de 1972, insuflada pelos proprietários de frotas que seccionaram o país e causaram grave e longo desabastecimento, foi um divisor de águas na escalada golpista.
 
A greve, que segundo alguns pesquisadores teria sido sustentada por dinheiro do Departamento de Estado norte-americano, inaugurou o capitulo ‘faça-se o caos’.
 
E foi o que se fez. O resto é sabido: ele culminaria com o bombardeio do La Moneda, 11 meses depois.
 
A greve dos caminhoneiros no Brasil sugestivamente iniciada no Paraná do juiz Moro e do tucano Beto Richa, não acontece com o pano de fundo de um embate de vida ou morte da burguesia contra um governo progressista.

Há distintas motivações a fermenta-la, sendo o reajuste nos preços do diesel uma delas. Leis trabalhistas que contrariam os interesses dos donos de frota, outra.

Mas a sua ordenação política, as palavras de ordem e o tratamento obsequioso da mídia - a mesma que antes exigia o realismo tarifário e o fim dos subsídios da Petrobras - borbulha uma cumplicidade sugestiva com os paladinos da moral, do impeachment e do desmonte da Petrobras para rifar o pré-sal.

O conjunto evidencia o subtexto de uma convergência que não pode mais ser ignorada pelo governo.

Acumulam-se sinais - alguns ostensivamente desrespeitosos, como os da elite que destratou o ex-ministro Mantega, no Hospital Albert Einstein, dia 19, onde a esposa se trata de um câncer, aos gritos ‘vai para o SUS’ - de que setores crescentes do conservadorismo resolveram aqui também desencadear o capítulo ‘Faça-se o caos; semeie-se a guerra’.

A meta nada dissimulada é convergir distintas iniciativas para o grande dreno das correntezas golpistas em 15 de março próximo, no ato pró impeachment de Dilma.

Para entender o caso específico dos caminhoneiros e a importância de se abortar o objetivo evidente de chegar a 15 de março com estradas seccionadas, desabastecimento de combustíveis e de alimentos, Carta Maior conversou com o especialista em infraestrutura José Augusto Valente, que dirigiu a Secretaria de Política Nacional de Transportes do governo Lula em 2004.

Suas considerações e o aconselhamento de medidas urgentes a serem tomadas merecem a atenção do governo. Leia a seguir:

Carta Maior --Valente, qual a sua avaliação desse movimento de caminhoneiros, com paralisações nas principais rodovias do país?

Em março de 2004, assim que assumi a Secretaria de Política Nacional de Transportes, no Ministério dos Transportes, havia um indicativo de paralisação nacional, no meio daquele ano. Convidei todas as lideranças de autônomos e das empresas e, após reunião, conseguimos fechar uma pauta de reivindicações para soluções no curto, médio e longo prazos. A paralisação foi suspensa e grande parte da pauta foi cumprida até o final de 2006, graças a um trabalho conjunto da Secretaria de Política com todas as lideranças do segmento.
Esse movimento de paralisações, que ocorrem agora, tem duas vertentes, na minha opinião. A primeira visa a reivindicar algumas questões que são importantes para os motoristas autônomos. A segunda, trata-se de uma movimentação visando engrossar as manifestações pelo impeachment da presidenta Dilma.
 
CM - Como você distingue esses dois movimentos?

Há um pleito permanente do caminhoneiro autônomo visando ao aumento da remuneração do seu trabalho, da sua segurança e de perspectiva de futuro. Isso se reflete em propostas de redução do preço do diesel – que tem um peso muito elevado no custo operacional do caminhão –, de aumento do frete, da segurança contra acidentes e roubo de cargas, de transferência do pagamento do pedágio do caminhoneiro para o dono da carga, de programa de renovação da frota de caminhões, entre outras.

Esses temas vêm sendo trabalhados pelo governo e pelo Congresso Nacional, tendo resultado na Projeto de Lei 4.246-D/2012, que encontra-se na Casa Civil para sanção presidencial.

Embora não haja consenso no segmento, todos são unânimes em dizer que é um ponto de partida importante, possível de melhorias futuras. O fato dessa lei ter sido construída coletivamente nos permite dizer que não há porque fazer paralisações neste momento, a não ser que os manifestantes explicitem que estão fazendo isso para pressionar a presidenta a sancionar a lei sem vetos ou a vetar alguns artigos. Desse modo, penso que a radicalização da movimentação atual não faz muito sentido com as questões reais dos caminhoneiros, já que estas estão sendo tratadas. Decididamente, o governo Dilma não foi omisso!

CM -Então você avalia que essas paralisações têm motivação política?

Parece-me que sim. Basta ver que as lideranças empresariais e dos autônomos não estão participando desse processo. No entanto, há um nível de organização bastante razoável, baseado nas redes sociais, em especial no whatsapp. Tudo isso me leva a suspeitar que há uma coordenação por cima das lideranças e visando o desgaste da presidenta Dilma.

Por outro lado, como não há lideranças visíveis nesse movimento, fica muito difícil para o governo Dilma negociar a suspensão das paralisações. Negociar com quem?

Ninguém me convence que essa movimentação não está mirando nas manifestações chamadas pela oposição para o dia 15 de março próximo.

Imaginem como seriam apresentadas pela imprensa gente nas ruas e caminhões criando o caos nas estradas e cidades!

CM - O que o governo Dilma pode fazer para evitar o sucesso dessa movimentação pelo impeachment, via caminhoneiros?

Não há como intervir nas negociações de frete, mas penso que a presidenta deveria sancionar o Projeto de Lei 4.246-D/2012, sem vetos, o mais rápido possível e criar um subsídio emergencial para o diesel/caminhão e, imediatamente, iniciar uma negociação com os governadores para reduzir a alíquota de ICMS sobre o diesel e, com isso, compartilhar com eles esse problema, que não é apenas da esfera do governo federal.

A assinatura da sanção deveria ser um evento para o qual seriam chamados todas as lideranças do setor, isolando, dessa forma, o movimento com viés golpista, que não teria como se sustentar.

Convém lembrar a importância que tiveram as greves dos caminhoneiros, no Chile, para a queda de Allende.
Créditos da foto: Ed Santos / Acorda Cidade

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

HADDAD ANUNCIA ÔNIBUS NA MADRUGADA PARA SP

Londres investe R$ 4 bilhões em infraestrutura para ciclistas

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A prefeitura de Londres investe R$ 4 bilhões para melhorar a infraestrutura cicloviária da cidade, após um aumento de 10% no fluxo de ciclistas. O modal representa 16% dos deslocamentos na região central.
A informação é da coluna de José Roberto de Toledo, em uma publicação intitulada “Politica de uma roda só” do jornal O Estado de São Paulo. “Fora do Brasil, o transporte a pedal não é uma mesquinha questão partidária. É uma aquisição econômica” – diz o texto.
Segundo o conselho de transporte local, o número de ciclistas aumentou 70% em cinco anos e o crescimento expressivo do número de ciclistas é creditado, principalmente, aos 40km de ciclovias implantadas por toda a cidade. Ou seja, primeiro foi feito a ciclovia, depois vieram os ciclistas.
Londres é apenas um dos muitos exemplos que investem no modal individual não motorizado como parte das ações para melhorar a mobilidade urbana. Paris, Barcelona, Buenos Aires, Amsterdã e São Francisco são outros exemplos. Aqui, a prefeitura esta implantando 400 km de ciclovias, e espera que o número de pedalantes possa triplicar. Porém, enfrenta alguma resistência por uma parte da população que não enxerga o potencial do modal. Mas, convenhamos: não é possível que o mundo inteiro esteja errado…

Linha 3 do Metrô Rio pode virar BRT

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O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, quer discutir com a sociedade a possibilidade de alterar o projeto do monotrilho da futura linha 3 do MetrôRio para BRT.
“Eu quero muito começar essa obra ainda esse ano, mas claro que eu tenho que vencer as burocracias. Tem audiência pública e todo um rito que tem que ser seguido. Mas eu quero muito tirar esta obra do papel, começar este ano. Pode ter certeza de uma coisa, a água na Baixada e a Linha 3, o que eu me comprometer eu vou tirar do papel”, afirmou.
A linha 3 é uma de suas promessa de campanha e o trajeto da linha prevê ligar as cidades de Niterói e São Gonçalo.
Nesta segunda-feira, 23, o secretário Carlos Roberto Osório afirmou que a obra, que ligaria a Praça Araribóia a Guaxindiba custaria R$ 3,5 bilhões e teria um prazo de execução longo. De acordo com o secretário, a situação financeira do estado e do país complicou a situação. Por isso, a opção pelo BRT, que segundo Osório, é mais barato e poderia ser estendido a outros municípios.
“Hoje o que está sendo proposto é o monotrilho, que tem uma capacidade de carregamento menor que o metrô convencional. A avaliação nossa é se o BRT seria uma melhor opção para fazer o mesmo trajeto, talvez ampliando a direção para Itaboraí de uma maneira mais barata e mais rápido, sem abrir mão da qualidade e do tempo de viagem do passageiro”, informou.

Estado Sucateado CPTM transporta população em trens de 59 anos

CPTM transporta população em trens de 59 anos 

São Paulo, maior cidade da federação transporta parte de sua população, em trens com 59 anos de uso. Todos os dias, moradores da Grande São Paulo são conduzidos a trocar de composição fabricada em 2012, a partir da estação de Guaianases, que fica na zona leste da capital e seguir em trens sucateados. 
Esta situação é vivenciada por passageiros da Linha 11 Coral da CPTM, que são removidos dos trens mais novos para outros fabricados em 1976, que estão sujos, pichados, sem ar condicionado e sem barra de apoio. 

Ainda de acordo com relatos dos passageiros, os trens antigos têm cheiro de borracha queimada, chacoalho intenso, além da lentidão da locomoção. Na última quinta- feira um trem fabricado em 1977 que percorria a Linha 10- Turquesa pegou fogo e três pessoas inalaram fumaça e precisaram ser socorrias. Vale ressaltar que as panes ocorrem diariamente. 

Segundo especialista Luiz Figueira Mello Filho a periodicidade para a manutenção de trens mais antigos é maior, o que implica em mais custos. 
Outra observação feita pelo especialista é que os trens mais antigos exigem maior cuidado do controle operacional e para o maquinista conduzir é mais difícil. 

Risco para os passageiros

Há tempos os moradores das regiões mais periféricas da cidade de São Paulo e dos municípios da Grande São Paulo, passam por vários percalços nos trens da CPTM. Os usuários enfrentam desconforto com a sujeira, barulho, chacoalho, superlotação, sem falar nos atrasos e panes dos trens, que trazem transtornos para os passageiros. 

Somado a todos estes problemas, outra constante reclamação é a falta de segurança com a falta de nivelamento entre o piso do trem e a plataforma, que em alguns casos chega a 20 centímetros, o que torna o embarque e desembarque dificultoso para pessoas com mobilidade reduzida, idosos e crianças. (rm)

Em 2014, Alckmin deveria entregar 41 novas estações; Tucano só entregou 4

Confira a lista de estações que deveriam ser entregues
Por Imprensa PT-SP, 


Na semana passada foi noticiado que as obras de 4 estações da linha amarela do Metrô estão paradas há 5 meses. Para a Globo, a estatal disse que cumpriu todas as suas obrigações e culpou o Consórcio Corsan Corvian pela situação. Em seguida, Alckmin anunciou que ia romper o contrato com o consórcio.

O governador Geraldo Alckmin só rescindiu o contrato com o consórcio responsável pela Linha 4-Amarela do Metrô depois de duas multas e mais de trinta advertências. Além disso, Alckmin só tomou essa decisão após a matéria da TV Globo.

Agora, a nova previsão é que as estações restantes sejam entreguem em 2018, nove anos depois do prazo original.

Mais atrasos

Em 2012, o portal Terra elaborou um infográfico com uma linha do tempo com todas as futuras estações de São Paulo, mostrando o que, se cumpridas todas as promessas tucanas, deve ser a malha metroviária de São Paulo.

Segundo o infográfico, Alckmin deveria ter inaugurado 41 estações em 2014, contudo só entregou 10% disso. Confira a lista de estações que deveriam ser entregues:

- Quatro estações da Linha 4 Amarela: Vila Sônia, São Paulo-Morumbi, Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire
- Três estações da Linha 7 Rubi: Bandeirantes, Pompeia, Campos Elíseos
- Quatro estações da Linha 8 Diamante: Luz, Água Branca, Pompeia, Campos Elíseos
- Duas estações da Linha 9 Esmeralda: Mendes, Varginha
- Três estações da Linha 12 Safira: Suzano, União Vila Nova, Tiquatira
- Nove estações da Linha 15 Prata: Ipiranga, São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói, Vila União, Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta, São Mateus

Além das estações acima, outras três novas linhas seriam inauguradas:

- Expresso ABC, com seis estações: Mauá, Santo André, São Caetano, Tamanduateí, Brás, Luz
- Linha 13 Jade, com duas estações: Engenheiro Goulart, Zezinho Magalhães
- Linha 17 Ouro, com oito estações: Morumbi, Chucri Zaidan, Vila Cordeiro, Campo Belo, José Diniz, Brooklin Paulista, Jardim Aeroporto, Congonhas

Além de duas conexões que deveriam ser desfeitas: Júlio Prestes com a Linha 8 Diamante (não realizada) e Luz com a Linha 10 Turquesa (realizada).

No ano passado, só 4 estações foram entregues, todas atrasadas. Adolfo Pinheiro (Linha 5 Lilás, inaugurada 12 de fevereiro, dois anos depois da previsão original), Vila Prudente e Oratório (Linha 15 Prata, inaugurada 30 de agosto, quatro anos depois da previsão original) e Fradique Coutinho (Linha 4 Amarela, inaugurada 15 de novembro, quatro anos depois da previsão original).

Clique aqui e confira o infográfico do Terra.

Projeto do PT quer ampliação do passe livre para estudantes do interior

A proposta petista é para que seja reestabelecido o princípio de igualdade e justiça no Estado de São Paulo
Por Imprensa PT Alesp


“O que muita gente não sabe é que a lei sancionada pelo governador Alckmin do passe livre para estudantes não contempla aqueles que moram fora das regiões metropolitanas do Estado e o projeto, agora apresentado, visa corrigir esta lacuna”, explica o líder da Bancada do PT, deputado João Paulo Rillo, autor do projeto de lei que amplia a concessão de isenção integral do pagamento de tarifa aos estudantes do sistema de transporte intermunicipal gerido pela Artesp – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo.

Para o deputado, que protocolou o projeto nesta quinta-feira (19/2), é injustificável o fato de regiões como São José do Rio Preto, Araçatuba, Presidente Prudente, Bauru, Jales, entre outras, os alunos não terem o mesmo benefício dos que moram nas regiões metropolitanas do Estado.

A proposta do petista é para que seja reestabelecido o princípio de igualdade e justiça no Estado de São Paulo.

Clique aqui e confira o projeto de lei que amplia passe livre para estudantes do interior

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

FERROVIAS MT determina novo prazo para estudos de concessões

O Ministério dos Transportes prorrogou o prazo final para elaboração e apresentação dos estudos técnicos complementares de seis trechos ferroviários e de dois rodoviários para futuras concessões, previstas no Programa de Investimentos em Logística (PIL), a pedido das empresas autorizadas a elaborar as análises. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (19/02) por meio das portarias 22 e 23 no Diário Oficial da União.
O prazo para os trechos ferroviários entre Açailândia (MA) e Barcarena (PA), Anápolis (GO) e Corinto (MG), Belo Horizonte (MG) e Guanambi (BA) e Estrela D’Oeste (SP) e Dourados (MS) foi ampliado para até 30 de junho. Para os outros dois, entre Sinop (MT) – Miritituba (PA) e Sapezal (MT) - Porto Velho (RO), a entrega deverá ocorrer até o dia 10 de agosto. Os trechos, que somados equivalem a 4.676 quilômetros de ferrovias, vão viabilizar o aumento da capacidade de escoamento da safra do Centro-Oeste, além de impactar na redução dos custos logísticos.
Rodovias - Também houve extensão de prazo para a apresentação de estudos para a concessão de trechos das BRs 364/060 (MT/GO) e BRs 163/230 (MT/PA). Com a decisão, as empresas interessadas poderão concluir as análises até o dia 14 de abril. 
Segundo a área técnica do MT, as análises têm o objetivo de ampliar o processo licitatório, na medida em que oferecerão aos interessados em participar do leilão bases sólidas para o desenvolvimento de suas propostas, ao mesmo tempo em que atrai, já nesta fase de trabalho, potenciais candidatos à participação nas futuras concessões. Uma comissão formada por representantes do Ministério dos Transportes, da ANTT, da Empresa de Planejamento e Logística (EPL) e da Valec, no caso das ferrovias, vai analisar e indicar os estudos passíveis de utilização nos editais das próximas concessões.(CM)

COMO PENSA O PREFEITO QUE IMPLANTOU O PASSE LIVRE